|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PARÁ
Policial afirma que houve quebra de incomunicabilidade
Jurada de acusada de liderar seita diz ter visto TV durante julgamento
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
O delegado Waldir Freire, que
conduz o inquérito que investiga
a quebra da incomunicabilidade
do júri que absolveu Valentina de
Andrade em dezembro, disse que
uma das juradas afirmou ter assistido à TV durante o período de
confinamento e que ela disse
acreditar que a imprensa havia
condenado previamente a ré.
"Foi perguntado a ela [jurada]
se a imprensa estava tomando
uma posição pela condenação de
Andrade e ela respondeu que "entendia que sim, que a população
estava sendo manipulada'", disse
Freire. "Ela não poderia nunca ter
assistido à televisão porque é uma
influência externa indevida."
Durante os 17 dias que durou o
julgamento de Andrade, os sete
jurados que fizeram parte do júri
deveriam ter permanecido incomunicáveis e sem acesso aos
meios de comunicação.
Segundo o delegado, outros
dois jurados que aceitaram falar
no inquérito policial confirmaram ter recebido visitas e ter se encontrado com outros jurados à
beira da piscina do hotel onde estavam isolados. Quatro jurados
não quiseram falar no inquérito.
Para o delegado, os depoimentos já indicam que houve quebra
da incomunicabilidade durante o
período do julgamento. O inquérito, no entanto, ainda não tem
data para ser concluído.
Segundo Freire, os promotores
que acompanharam os depoimentos afirmam que pedirão a
anulação do julgamento de Andrade. Ela foi inocentada por seis
votos a um em dezembro da acusação de participar nas emasculações e mortes de crianças em Altamira (PA).
Texto Anterior: Cidadania: Alfabetizador incentivará aluno a obter a certidão de nascimento Próximo Texto: Panorâmica - Violência: Jovem acusado de matar chileno nega o crime Índice
|