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Angolanos exigem desculpas
da Sucursal do Rio
Em nota oficial divulgada ontem, o Consulado de Angola no
Rio exige da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio
um pedido formal de desculpas
aos angolanos que habitam o
complexo de favelas da Maré.
A nota qualifica como "infundadas e preconceituosas" as acusações de que angolanos estariam
ensinando traficantes a adotar estratégias guerrilheiras em disputas contra adversários e policiais.
O consulado considera, na nota,
que africanos radicados no Rio
sofreram "acusações graves e de
caráter ofensivo e difamatório".
Afirma ainda que não há no Rio
ex-guerrilheiros angolanos.
De manhã, o coordenador de
Pesquisa e Cidadania da Secretaria de Segurança, Luiz Eduardo
Soares, disse que o governo faria o
pedido oficial de desculpas.
Até o início da noite, a assessoria do governador Anthony Garotinho (PDT) não confirmou o pedido. O secretário de Segurança,
Josias Quintal, disse à Folha que a
polícia foi correta ao identificar e
fotografar os angolanos.
A ação policial no complexo da
Maré resultou em um inquérito
civil público aberto ontem pelos
procuradores Daniel Sarmento e
Paulo Thadeu Gomes da Silva, do
Ministério Público Federal.
Na instauração do inquérito, os
procuradores afirmam que "toda
a comunidade de refugiados de
Angola" residente no complexo
"teria sido vítima de procedimentos discriminatórios por parte de
autoridades nacionais".
(ST)
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