São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2000


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Angolanos exigem desculpas

da Sucursal do Rio

Em nota oficial divulgada ontem, o Consulado de Angola no Rio exige da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio um pedido formal de desculpas aos angolanos que habitam o complexo de favelas da Maré.
A nota qualifica como "infundadas e preconceituosas" as acusações de que angolanos estariam ensinando traficantes a adotar estratégias guerrilheiras em disputas contra adversários e policiais.
O consulado considera, na nota, que africanos radicados no Rio sofreram "acusações graves e de caráter ofensivo e difamatório". Afirma ainda que não há no Rio ex-guerrilheiros angolanos.
De manhã, o coordenador de Pesquisa e Cidadania da Secretaria de Segurança, Luiz Eduardo Soares, disse que o governo faria o pedido oficial de desculpas.
Até o início da noite, a assessoria do governador Anthony Garotinho (PDT) não confirmou o pedido. O secretário de Segurança, Josias Quintal, disse à Folha que a polícia foi correta ao identificar e fotografar os angolanos.
A ação policial no complexo da Maré resultou em um inquérito civil público aberto ontem pelos procuradores Daniel Sarmento e Paulo Thadeu Gomes da Silva, do Ministério Público Federal.
Na instauração do inquérito, os procuradores afirmam que "toda a comunidade de refugiados de Angola" residente no complexo "teria sido vítima de procedimentos discriminatórios por parte de autoridades nacionais". (ST)



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