Trabalho de recapeamento de ruas e avenidas foi interrompido nos últimos dias

Na ligação Leste-Oeste, foi feita a fresagem mas asfalto não foi colocado; prefeitura diz que precisa manter serviço em época de chuva

DA REPORTAGEM LOCAL

As chuvas que atingiram São Paulo nesta semana atrasaram o recapeamento que está sendo feito pela prefeitura em 27 km de dez ruas e avenidas da cidade. Nos lugares em que o trabalho já havia começado, as chuvas, além de impedirem a continuidade das obras, acabaram abrindo novos buracos.
Um exemplo é a ligação Leste-Oeste, no sentido Penha-Lapa. "Meu carro caiu no buraco. Por sorte, não prejudicou a suspensão", disse o advogado Paulo Dantas de Araújo, morador do Tatuapé. Ele trafega pelo trecho diariamente a caminho do trabalho, na zona sul.
Ronaldo Camargo, assessor-chefe de Obras e Serviços da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, disse que os buracos da Radial Leste-Oeste foram tapados ontem. Mas o trabalho não está concluído.
A previsão era que as obras de recapeamento na avenida fossem concluídas na segunda-feira, mas é certo que haverá atraso de um ou dois dias por causa das chuvas.
O primeiro passo do trabalho é a fresagem, que consiste em retirar camadas do piso danificado. Depois, uma nova camada de asfalto é aplicada.
O que ocorreu na Radial Leste-Oeste é que a fresagem foi feita em parte da avenida, mas o trabalho foi interrompido -o asfalto não pode ser aplicado sobre o piso molhado.
"A gente não é contra a obra, mas ela podia ser feita no momento oportuno", disse Paulo Dantas de Araújo.
"São Paulo não sobrevive mais tendo de aguardar o período de férias escolares e de rodízio liberado para fazer obras. Temos de fazer obras o ano todo", disse Ronaldo Camargo.
As obras são feitas à noite, para não prejudicar o trânsito. Mas, como as ruas estão esburacadas, os motoristas são obrigados a reduzir a velocidade.
As marginais dos rios Pinheiros e Tietê também estão sendo recuperadas, nesse caso pela Dersa, empresa do Estado.
Estão sendo recuperadas 61,2 km de vias nas marginais, a um custo de R$ 70 milhões.


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