São Paulo, quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011 |
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ANÁLISE Distribuição de aulas na rede estadual é repleta de paliativos
OCIMAR MUNHOZ ALAVARSE ESPECIAL PARA A FOLHA Mais uma vez, a atribuição de aulas na rede estadual torna-se objeto de polêmica. Anteriormente, o foco recaiu no uso do resultado em prova como critério para selecionar temporário, em detrimento do tempo de magistério, em nome do suposto mérito acadêmico. Agora, extrapolando a questão dos temporários, vemo-nos diante do impasse da escolha entre tempo de magistério e formação inicial na licenciatura como critério para atribuição de aulas. O pano de fundo da discussão é a precariedade de vínculo do quadro do magistério, com seu alto número de professores temporários. Por conta dessa realidade, vivemos situação errática, na qual ano a ano são tomadas medidas paliativas para contornar a contratação e a alocação de professores. Para a presente atribuição, o critério concede maior peso para a experiência docente, o que, dentro da situação precária, é uma solução que faz sentido. Mesmo desconhecendo o impacto da medida. É importante resgatar a experiência docente, dado que ela está associada a um conhecimento importante, quer na condução de turmas de estudantes, quer no trabalho didático com os conhecimentos escolares, quer, ainda, na vivência com projetos e equipes escolares. Aspectos que não podem ser aprendidos na formação inicial. A experiência, seguramente, não representa a única variável de qualificação docente, mas é uma das que mais favorecem a docência. Sem desmerecer a formação inicial, o que torna, aliás, difícil a escolha de critério. Ademais, partindo-se das informações dadas pela secretaria, a capacidade técnica estaria preservada, uma vez que os professores devem ter cursado o mínimo de 160 horas dessa disciplina. Contudo, a grande exigência, até para evitar que cada ano tenhamos novas medidas, é que os dirigentes da rede estadual apresentem, urgentemente, plano para a regularização da precária situação do professorado. OCIMAR MUNHOZ ALAVARSE é professor da Faculdade de Educação da USP Texto Anterior: Perguntas e respostas Próximo Texto: FOLHA.com Índice | Comunicar Erros |
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