São Paulo, sábado, 10 de março de 2007

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Envenenamento das crianças na escola serviu de alerta, diz mãe

Ela colocou por engano o produto na bolsa da filha, que o levou para a escola

GUILHERME CAMPOS
DA FOLHA RIBEIRÃO

A mãe da menina de oito anos que levou um vidro de veneno de rato para a escola na última terça, pensando que fosse bala, disse que a fatalidade serviu de alerta para ela e outras mães.
Além da filha dela, outras cinco crianças da segunda série da Escola Municipal Eponina Lopes de Brito, em Ribeirão Preto, tomaram o veneno, conhecido como "chumbinho", e que pode matar se o socorro não for rápido. Elas foram socorridas pela professora Eulélia Cristina Fontes Barbosa.
Uma das meninas, que ainda estava internada no Hospital das Clínicas, teve alta ontem.
Segundo a mãe da criança que levou o produto, o caso deve servir de exemplo para que outras mães orientem seus filhos a não manusear nada que não conheçam. Ela colocou por engano o produto na bolsa da filha, pensando que fosse glitter. "O susto foi muito grande. Uma única distração podia ter matado as crianças", disse.
Segundo ela, a filha ainda não voltou para a escola por medo de que algo acontecesse com algum colega, principalmente a menina que ainda estava internada. "Os pais dela são nossos amigos. As duas estudavam na mesma classe. Inconscientemente, ela se sente culpada."
Três das crianças que tomaram o veneno voltaram para a escola ontem. Os garotos disseram que daqui pra frente só irão tomar sorvete na escola. "Nada de balinhas esquisitas. Fiquei com muita dor na hora e senti medo. A lição que eu aprendi é não aceitar nada que seja estranho dos outros", disse um menino de 8 anos.


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