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Envenenamento das crianças na escola serviu de alerta, diz mãe
Ela colocou por engano o produto na bolsa da filha, que o levou para a escola
GUILHERME CAMPOS
DA FOLHA RIBEIRÃO
A mãe da menina de oito
anos que levou um vidro de veneno de rato para a escola na
última terça, pensando que fosse bala, disse que a fatalidade
serviu de alerta para ela e outras mães.
Além da filha dela, outras
cinco crianças da segunda série
da Escola Municipal Eponina
Lopes de Brito, em Ribeirão
Preto, tomaram o veneno, conhecido como "chumbinho", e
que pode matar se o socorro
não for rápido. Elas foram socorridas pela professora Eulélia Cristina Fontes Barbosa.
Uma das meninas, que ainda
estava internada no Hospital
das Clínicas, teve alta ontem.
Segundo a mãe da criança
que levou o produto, o caso deve servir de exemplo para que
outras mães orientem seus filhos a não manusear nada que
não conheçam. Ela colocou por
engano o produto na bolsa da
filha, pensando que fosse glitter. "O susto foi muito grande.
Uma única distração podia ter
matado as crianças", disse.
Segundo ela, a filha ainda não
voltou para a escola por medo
de que algo acontecesse com algum colega, principalmente a
menina que ainda estava internada. "Os pais dela são nossos
amigos. As duas estudavam na
mesma classe. Inconscientemente, ela se sente culpada."
Três das crianças que tomaram o veneno voltaram para a
escola ontem. Os garotos disseram que daqui pra frente só
irão tomar sorvete na escola.
"Nada de balinhas esquisitas.
Fiquei com muita dor na hora e
senti medo. A lição que eu
aprendi é não aceitar nada que
seja estranho dos outros", disse
um menino de 8 anos.
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