São Paulo, sábado, 10 de março de 2007

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Homem mata garçonete após fim de namoro

Crime ocorreu em Curitiba e foi registrado pelo circuito interno de um prédio; autor dos disparos foi preso em flagrante

A garçonete Suzani, de 23 anos e mãe de três filhos, conversava com colegas após o almoço; criminoso disse estar arrependido

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A cena mostra a garçonete Suzani Pereira da Rocha, 23, e duas colegas sentadas de costas descansando da correria do almoço na escada de um prédio ao lado do trabalho. Um homem pára em frente, tira uma arma de um pacote e atira quatro vezes contra Suzani. Dois tiros atingem a cabeça e ela cai. O homem foge. As duas amigas dão um pulo, desorientadas.
Mãe de três filhos -o mais novo com um ano e quatro meses, o mais velho com cinco-, a garçonete Suzani foi morta pelo ex-namorado Haroldo Moreira da Silva, 56, na segunda à tarde, na praça Tiradentes, área movimentada de Curitiba. Ele não é o pai das crianças.
Silva foi preso em flagrante a duas quadras do local e não ofereceu resistência. As imagens mostradas em telejornais ontem foram captadas pela câmera de segurança instalada pelo condomínio do edifício 335.
Na hora em que os tiros a atingiram, Suzani ria. ""Estava contando coisas dos filhos", disse uma das moças que estavam ao lado de Suzani, que não quis se identificar.
Ex-dono de uma loja de recarga de cartuchos de impressoras, Silva morou com Suzani por dez meses. Foi abandonado por ela há três.
""Esse assassino fez minha filha deixar o emprego prometendo sustento para ela e as crianças, mas, enquanto morou com ele, Suzani não tinha dinheiro nem para comprar um pão. Ele não dava", disse a mãe da moça, Sueli Aparecida de Souza Lima. Ela voltara a morar com os pais, em Fazenda Rio Grande, cidade da região metropolitana.
Silva era violento, segundo a mãe da jovem. ""Tinha ciúme até da menina, quando era amamentada. Reclamava que só a neném tinha atenção."
""Ela sofria com esse ex-marido. Ele vinha atrás, ficava rondando. Uma vez a ameaçou de morte", relatou o chinês naturalizado Su Yi Zhu, dono da lanchonete onde ela trabalhava.
As imagens vão compor as provas. Depois do crime, Silva saiu caminhando para se misturar às pessoas, mas foi seguido por um homem que o viu atirar e que o apontou para um guarda municipal.
Ao ser preso, Silva disse que ""ficou tudo escuro" na hora em que atirou em Suzani e se disse arrependido.


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