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Homem mata garçonete após fim de namoro
Crime ocorreu em Curitiba e foi registrado pelo circuito interno de um prédio; autor dos disparos foi preso em flagrante
A garçonete Suzani, de 23
anos e mãe de três filhos,
conversava com colegas
após o almoço; criminoso
disse estar arrependido
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A cena mostra a garçonete
Suzani Pereira da Rocha, 23, e
duas colegas sentadas de costas
descansando da correria do almoço na escada de um prédio
ao lado do trabalho. Um homem pára em frente, tira uma
arma de um pacote e atira quatro vezes contra Suzani. Dois tiros atingem a cabeça e ela cai. O
homem foge. As duas amigas
dão um pulo, desorientadas.
Mãe de três filhos -o mais
novo com um ano e quatro meses, o mais velho com cinco-, a
garçonete Suzani foi morta pelo ex-namorado Haroldo Moreira da Silva, 56, na segunda à
tarde, na praça Tiradentes, área
movimentada de Curitiba. Ele
não é o pai das crianças.
Silva foi preso em flagrante a
duas quadras do local e não ofereceu resistência. As imagens
mostradas em telejornais ontem foram captadas pela câmera de segurança instalada pelo
condomínio do edifício 335.
Na hora em que os tiros a
atingiram, Suzani ria. ""Estava
contando coisas dos filhos",
disse uma das moças que estavam ao lado de Suzani, que não
quis se identificar.
Ex-dono de uma loja de recarga de cartuchos de impressoras, Silva morou com Suzani
por dez meses. Foi abandonado
por ela há três.
""Esse assassino fez minha filha deixar o emprego prometendo sustento para ela e as
crianças, mas, enquanto morou
com ele, Suzani não tinha dinheiro nem para comprar um
pão. Ele não dava", disse a mãe
da moça, Sueli Aparecida de
Souza Lima. Ela voltara a morar com os pais, em Fazenda
Rio Grande, cidade da região
metropolitana.
Silva era violento, segundo a
mãe da jovem. ""Tinha ciúme
até da menina, quando era
amamentada. Reclamava que
só a neném tinha atenção."
""Ela sofria com esse ex-marido. Ele vinha atrás, ficava rondando. Uma vez a ameaçou de
morte", relatou o chinês naturalizado Su Yi Zhu, dono da lanchonete onde ela trabalhava.
As imagens vão compor as
provas. Depois do crime, Silva
saiu caminhando para se misturar às pessoas, mas foi seguido por um homem que o viu atirar e que o apontou para um
guarda municipal.
Ao ser preso, Silva disse que
""ficou tudo escuro" na hora em
que atirou em Suzani e se disse
arrependido.
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