São Paulo, segunda-feira, 10 de março de 2008

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Sócios do Paulistano fazem mergulho coletivo para evitar o fim do "fundão"

LUÍSA ALCÂNTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de cem sócios do Club Athletico Paulistano -um dos mais caros de São Paulo (para se associar, há uma taxa de R$ 150 mil)-, no Jardim América, se reuniram anteontem para protestar contra o possível fim do "fundão" -como eles chamam a parte mais profunda da piscina social do clube, que chega a 4,10 m.
Divulgado pela internet e pelo boca-a-boca, os sócios fizeram um abraço coletivo ao meio-dia do sábado. Após contornarem de mãos dadas a piscina -conhecida pelo formato de coração-, os sócios fizeram o "mergulhão" -pularam na piscina.
A polêmica começou no início do ano, quando a diretoria afirmou que a piscina precisava de uma reforma porque está com vazamentos de cerca de 10 mil litros de água por hora -o equivalente a um caminhão-pipa.
O projeto determinava que a profundidade máxima da piscina seria reduzida para quase 2 m, o que indignou ao menos 1.600 sócios (do total de 25 mil), autores de um abaixo-assinado.
Segundo a direção do Paulistano, um dos argumentos para a mudança é a redução de gastos com manutenção e limpeza da piscina, inaugurada há mais de 50 anos e projetada pelo arquiteto Gregori Warchavchik.
"Esse abraço foi emocionante", diz a sócia Gisela Halim. "Acho que vamos conseguir [manter o "fundão']."
A diretoria marcou uma audiência para amanhã para ouvir os sócios interessados.


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