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Sócios do Paulistano fazem mergulho coletivo para evitar o fim do "fundão"
LUÍSA ALCÂNTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de cem sócios do
Club Athletico Paulistano
-um dos mais caros de São
Paulo (para se associar, há
uma taxa de R$ 150 mil)-,
no Jardim América, se reuniram anteontem para protestar contra o possível fim
do "fundão" -como eles
chamam a parte mais profunda da piscina social do
clube, que chega a 4,10 m.
Divulgado pela internet e
pelo boca-a-boca, os sócios
fizeram um abraço coletivo
ao meio-dia do sábado. Após
contornarem de mãos dadas
a piscina -conhecida pelo
formato de coração-, os sócios fizeram o "mergulhão"
-pularam na piscina.
A polêmica começou no
início do ano, quando a diretoria afirmou que a piscina
precisava de uma reforma
porque está com vazamentos de cerca de 10 mil litros
de água por hora -o equivalente a um caminhão-pipa.
O projeto determinava
que a profundidade máxima
da piscina seria reduzida para quase 2 m, o que indignou
ao menos 1.600 sócios (do
total de 25 mil), autores de
um abaixo-assinado.
Segundo a direção do Paulistano, um dos argumentos
para a mudança é a redução
de gastos com manutenção e
limpeza da piscina, inaugurada há mais de 50 anos e
projetada pelo arquiteto
Gregori Warchavchik.
"Esse abraço foi emocionante", diz a sócia Gisela Halim. "Acho que vamos conseguir [manter o "fundão']."
A diretoria marcou uma
audiência para amanhã para
ouvir os sócios interessados.
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