|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Voluntário quer relatar experiência em livro
FREE-LANCE PARA
A AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A experiência como voluntário
do Liberdade Assistida vai virar
tema de um livro.
O consultor Alexandre Rodrigues, 48, dedica, há dois anos e
meio, parte de seu tempo ao programa, quando conheceu
H.A.M.S., 18. Agora ele está redigindo um livro, intitulado "O Próximo da Fila".
Rodrigues diz que a renda obtida com a venda dos exemplares
será doada à Pastoral do Menor,
que participa do projeto em BH.
A vontade de contar em palavras
sua experiência surgiu pela própria dificuldade que teve com o
jovem, que deixou o programa
em setembro de 99 -ele havia
praticado assalto.
O consultor explica que durante
seis meses mantinha conversas
semanais com H. Como percebeu
que o menor ainda não estava recuperado, pediu para prosseguir
o trabalho por mais seis meses.
Rodrigues solicitou, inclusive,
que o garoto fizesse um eletroencefalograma, acreditando em algum distúrbio mental. Na época,
a psicóloga que também acompanhava o caso explicou que a mentalidade, não a mente biológica,
de H. ainda estava em formação.
Recuperação
"Tive que conhecê-lo melhor.
Quando o encontrei ele era um
"selvagem". Hoje posso dizer que
ele está recuperado."
Rodrigues acredita que, diante
da situação de miséria do país, "o
trabalho não é nem voluntário; é
compulsório". Para ele, sua experiência "é uma prova intangível
de que o adolescente infrator é
100% recuperável, desde que a intervenção seja feita cedo".
H. diz que sem a ajuda "de Deus
e de Alexandre já estaria morto".
Ele mora com a mãe e a irmã, e o
pai abandonou a família quando
H. era menino.
"O Alexandre ficou, bem dizer,
no lugar do meu pai. Tem muita
pessoa que não faz o que ele fez
por mim."
Texto Anterior: Belo Horizonte: Programa ajuda jovem a não voltar ao crime Próximo Texto: Programa é medida prevista no ECA Índice
|