São Paulo, domingo, 10 de abril de 2005

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Hoje, Marta ganharia eleição de Serra

DA REPORTAGEM LOCAL

Passados 160 dias do segundo turno das eleições municipais, o paulistano mudou de opinião sobre quem deveria ocupar a cadeira de prefeito de São Paulo. Se a eleição fosse hoje, 50% dos entrevistados pelo Datafolha votariam em Marta Suplicy (PT). José Serra (PSDB) teria 38% dos votos.
É uma mudança importante em relação aos números oficiais do Tribunal Regional Eleitoral, que contabilizaram 54,8% dos votos válidos para o tucano no segundo turno. A petista teve 45,1%.
Entre os entrevistados do instituto que afirmam ter votado em Serra na eleição de 2004, 69% manteriam sua escolha. Mas 18% o trocariam por Marta. Já 9% votariam em branco ou nulo.
Entre os que votaram na ex-prefeita, 90% repetiriam o voto. Uma parcela pequena (5%) a trocaria pelo tucano, e os 3% restantes anulariam ou votariam em branco nas urnas eletrônicas.
Nessa eleição hipotética proposta na pesquisa do Datafolha, o perfil do eleitor de Serra seria o mesmo daqueles que o elegeram em 2004. Quanto mais avançam a escolaridade e a renda do entrevistado, maior é o percentual dos que escolheriam o tucano.
Com Marta ocorre o oposto. Ela obtém melhores resultados com paulistanos de menor renda e escolaridade mais baixa. Ela também ganha votos à medida em que o grupo de eleitores é mais jovem. Chega a 59% do total entre entrevistados de 16 a 25 anos, contra apenas 32% do tucano.
Entre os eleitores com 41 anos ou mais, Serra teria mais votos do que Marta -45% a 40%. Ganharia também entre os paulistanos com nível superior -47% a 42%.

Respostas imediatas
Nesta simulação de segundo turno proposta pelo Datafolha aos entrevistados, há um dado curioso: 16% dos que avaliam o início da gestão de José Serra como ótimo ou bom votariam agora na candidata do PT.
"É que a população sabe identificar claramente os problemas da cidade e quer ver respostas rápidas. Se não observa soluções imediatas, mesmo que tenha uma boa avaliação geral da administração, pode votar em outro candidato", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

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