São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Algas tóxicas em mariscos de SC contaminam 12 pessoas

Mexilhões e ostras foram contaminados por fenômeno chamado maré vermelha

Fenômeno causou a suspensão das vendas de ostras e mexilhões em 4 municípios do Estado, entre eles Florianópolis

CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um fenômeno conhecido como maré vermelha causou a suspensão das vendas de mexilhões e ostras em quatro municípios de Santa Catarina, incluindo a capital, Florianópolis. Ao menos 12 pessoas foram contaminadas na região por toxinas presentes nos mariscos.
Desde a última sexta-feira, a baía sul de Florianópolis e os municípios de Palhoça (16 km da capital) e Bombinhas (74 km) estão com a comercialização de mariscos suspensa. A partir de hoje, a baía norte e a cidade de São José (10 km da capital) também entram na lista de interdição, segundo a Seap (Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca) da Presidência da República.
A maré vermelha é um fenômeno natural associado ao fenômeno oceânico-atmosférico La Niña, que aumenta a presença de algas tóxicas no mar.
A taxa considerada normal é de 500 células dessas algas por litro de água do mar. Segundo Luís Proença, coordenador do laboratório da Univali (Universidade do Vale do Itajaí) que monitora as águas catarinenses, foram identificados locais com até 50 mil células por litro.
O fenômeno, que não altera a coloração do mar, ocorre no mundo todo e já foi detectado pela Univali em outros seis Estados -Rio Grande do Sul, Paraná, Rio, São Paulo, Bahia e Pernambuco. No ano passado, mais de cem pessoas foram intoxicadas em Santa Catarina.
A Secretaria da Saúde de Florianópolis vistoriou cerca de 40 criadouros e 800 estabelecimentos comerciais da cidade e retirou 400 quilos de mexilhões de circulação.
O impacto econômico das suspensões pode ser grande no Estado, que responde, segundo a Seap, por 97% da produção nacional de ostras e movimenta R$ 12 milhões/ano no setor.
Até o momento, a Secretaria da Saúde de Florianópolis registrou 12 casos de contaminação por toxinas. Os sintomas -náusea, vômito, diarréia e dores abdominais- não são considerados graves e duram no máximo três dias.


Texto Anterior: Araraquara: Com epidemia, cidade estimula notificação de casos
Próximo Texto: Saúde: Ribeirão Preto tem caso suspeito de febre amarela
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.