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Algas tóxicas em mariscos de SC contaminam 12 pessoas
Mexilhões e ostras foram contaminados por fenômeno chamado maré vermelha
Fenômeno causou a suspensão das vendas de ostras e mexilhões em
4 municípios do Estado, entre eles Florianópolis
CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um fenômeno conhecido como maré vermelha causou a
suspensão das vendas de mexilhões e ostras em quatro municípios de Santa Catarina, incluindo a capital, Florianópolis.
Ao menos 12 pessoas foram
contaminadas na região por toxinas presentes nos mariscos.
Desde a última sexta-feira, a
baía sul de Florianópolis e os
municípios de Palhoça (16 km
da capital) e Bombinhas (74
km) estão com a comercialização de mariscos suspensa. A
partir de hoje, a baía norte e a
cidade de São José (10 km da
capital) também entram na lista de interdição, segundo a
Seap (Secretaria Especial de
Aqüicultura e Pesca) da Presidência da República.
A maré vermelha é um fenômeno natural associado ao fenômeno oceânico-atmosférico
La Niña, que aumenta a presença de algas tóxicas no mar.
A taxa considerada normal é
de 500 células dessas algas por
litro de água do mar. Segundo
Luís Proença, coordenador do
laboratório da Univali (Universidade do Vale do Itajaí) que
monitora as águas catarinenses, foram identificados locais
com até 50 mil células por litro.
O fenômeno, que não altera a
coloração do mar, ocorre no
mundo todo e já foi detectado
pela Univali em outros seis Estados -Rio Grande do Sul, Paraná, Rio, São Paulo, Bahia e
Pernambuco. No ano passado,
mais de cem pessoas foram intoxicadas em Santa Catarina.
A Secretaria da Saúde de Florianópolis vistoriou cerca de 40
criadouros e 800 estabelecimentos comerciais da cidade e
retirou 400 quilos de mexilhões de circulação.
O impacto econômico das
suspensões pode ser grande no
Estado, que responde, segundo
a Seap, por 97% da produção
nacional de ostras e movimenta R$ 12 milhões/ano no setor.
Até o momento, a Secretaria
da Saúde de Florianópolis registrou 12 casos de contaminação por toxinas. Os sintomas
-náusea, vômito, diarréia e dores abdominais- não são considerados graves e duram no
máximo três dias.
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