São Paulo, domingo, 10 de abril de 2011

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Cidade não tem novas unidades em construção

Terreno caro inviabiliza investimento em hotel

DE SÃO PAULO

Apesar do crescimento constante da ocupação da rede hoteleira em São Paulo, não há novos hotéis em construção na cidade.
Até 2014, quando São Paulo deve receber a abertura e uma das semifinais da Copa do Mundo de futebol, a previsão é de um crescimento de mil a 3.000 quartos de hotel, a maioria com reformas dos já existentes.
É pouco. O Rio, por exemplo, deve ganhar quase 10 mil novos quartos até 2016, quando a cidade sedia os Jogos Olímpicos.
"Não vamos aumentar a oferta por causa da Copa, é por causa do crescimento natural do mercado", diz Bruno Omori, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis.
Para ele, hotel não é mais um negócio imobiliário. O projeto é sempre muito bem estudado, inclusive com análise de oferta, demanda e perspectivas de crescimento.
Chieko Aoki, presidente do grupo Blue Tree de hotéis, comemora o crescimento do mercado e diz que a cidade precisaria, sim, de novos empreendimentos. Mas faltam terrenos para a construção de novos prédios.
"Se tivéssemos terrenos nas áreas mais bem localizadas, teria um enxame de construção de hotéis. Mas me pergunta o preço do terreno. É difícil", disse a executiva.
"São Paulo teve lá sua época de construção de hotéis nos últimos dez anos, mas agora, com o boom imobiliário, o preço dos terrenos está caro demais para os investidores", diz Toni Sando, da São Paulo Convention and Visitors Bureau.
Caio Carvalho, da SPTuris, aponta que a falta de áreas na cidade de São Paulo pode fazer com que investidores procurem oportunidades na região metropolitana.
"O preço do terreno é muito alto para construir hotel. Tem empresa estrangeira querendo comprar hotel pronto em São Paulo e não acha, porque ninguém quer vender. Esses grupos vão acabar procurando hotéis na região metropolitana."

SEIS ESTRELAS
O antigo hospital Umberto Primo, também conhecido como hospital Matarazzo, na Bela Vista, pode virar o hotel mais luxuoso da cidade. A Folha revelou o projeto no dia 18 de fevereiro.
O diretor-executivo do grupo em São Paulo, Julien de Lapize, admitiu contatos com o fundo de investimentos WWI, que está negociando o imóvel com o fundo de pensão Previ.
(EVANDRO SPINELLI E VANESSA CORREA)


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