São Paulo, domingo, 10 de abril de 2011 |
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Projeto prevê área de lazer onde caiu avião da TAM Associação de familiares das vítimas é contra e pede jardim com auditório Proposta da prefeitura inclui espelho d'água, brinquedos infantis e painel com nomes das 199 vítimas do acidente EVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO Lugar de memória e homenagem, mas também de acolhimento e recreação. É assim que a Prefeitura de São Paulo define o projeto da praça Memorial 17 de Julho, que será construída no terreno em frente ao aeroporto de Congonhas. Na mesma data, em 2007, um avião da TAM caiu e matou 199 pessoas. Mas a Afavitam (associação de familiares das vítimas) não concorda com o projeto. As modificações pedidas por ela não foram incorporadas. E a discussão ainda está longe de um fim. A ideia deles era um jardim, com auditório e um local para exposição de obras de arte recebidas de todo o país. O arquiteto Ruy Ohtake fez um projeto, engavetado. Na proposta atual, não há auditório nem obras de arte. Mas há uma área com brinquedos para crianças, espelho d'água e um painel com os nomes das vítimas. Os familiares não querem brinquedos nem painel. O edital para contratar a empresa que fará o projeto básico foi aberta na semana passada. A empresa contratada terá quatro meses para concluir o trabalho e terá de seguir à risca o que está descrito no estudo preliminar do arquiteto Marcos Cartum. Ou seja, terá brinquedo, painel e espelho d'água. "Não queremos nomes nem brinquedos. É contraditório colocar crianças para brincar num lugar que é rota de avião", disse Eduardo Sato, diretor da Afavitam. A prefeitura informou que as propostas da Afavitam não foram incorporadas ao estudo preliminar, mas que os familiares poderão ainda participar da elaboração do projeto básico, que vai detalhar como ficará a praça. O local onde será a praça está praticamente abandonado, quase quatro anos após o acidente. O mato está alto, e uma amoreira resiste. A maior parte da área pertencia à TAM, que doou o terreno à prefeitura, mas houve demora na desapropriação de outros cinco imóveis. Texto Anterior: Gilberto Dimenstein: O livro de papel já morreu? Próximo Texto: Buscas: Helicóptero decola do Guarujá e some com duas pessoas Índice | Comunicar Erros |
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