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Em 7 anos, quintuplica o valor investido em publicidade pela indústria da cerveja
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sete anos, os fabricantes
brasileiros de cerveja quintuplicaram seus investimentos
em publicidade. As cifras saltaram de R$ 180,4 milhões em
2000 para R$ 961,7 milhões em
2007, de acordo com o Ibope.
Na quarta passada, o governo
retirou o caráter de urgência de
um projeto de lei em análise pela Câmara que proíbe a veiculação da propaganda de bebidas
alcoólicas no rádio e na televisão entre as 6h e as 21h.
O projeto deixou de ter urgência por causa do lobby dos
fabricantes de cerveja, das
agências de publicidade e das
emissoras de TV.
No terceiro trimestre de
2007, as TVs receberam 81%
das verbas publicitárias da indústria da cerveja. O resto foi
dividido entre revistas, jornais,
rádios, outdoors e cinemas.
A Abert (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) não
soube informar qual é a participação da cerveja na publicidade
total veiculada pelas emissoras.
Apesar do aumento dos investimentos, o consumo não se
alterou ao longo dos anos. Segundo o Ibope, manteve-se estável em cerca de 40% o índice
da população que bebeu cerveja
em algum momento nos sete
dias que antecederam as entrevistas feitas pelo instituto.
O aumento dos gastos se explica pela tentativa de uma
marca de atrair os consumidores das concorrentes. O Sindicato da Indústria de Cerveja
afirmou que a briga se acirrou
em 2003, com a chegada da Nova Schin ao mercado.
Em 2000, as cervejas haviam
sido a 25ª categoria que mais
investiu em publicidade no
país. Em 2007, já eram a 11ª.
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