São Paulo, sábado, 10 de maio de 2008

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Em 7 anos, quintuplica o valor investido em publicidade pela indústria da cerveja

RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Em sete anos, os fabricantes brasileiros de cerveja quintuplicaram seus investimentos em publicidade. As cifras saltaram de R$ 180,4 milhões em 2000 para R$ 961,7 milhões em 2007, de acordo com o Ibope.
Na quarta passada, o governo retirou o caráter de urgência de um projeto de lei em análise pela Câmara que proíbe a veiculação da propaganda de bebidas alcoólicas no rádio e na televisão entre as 6h e as 21h.
O projeto deixou de ter urgência por causa do lobby dos fabricantes de cerveja, das agências de publicidade e das emissoras de TV.
No terceiro trimestre de 2007, as TVs receberam 81% das verbas publicitárias da indústria da cerveja. O resto foi dividido entre revistas, jornais, rádios, outdoors e cinemas.
A Abert (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) não soube informar qual é a participação da cerveja na publicidade total veiculada pelas emissoras.
Apesar do aumento dos investimentos, o consumo não se alterou ao longo dos anos. Segundo o Ibope, manteve-se estável em cerca de 40% o índice da população que bebeu cerveja em algum momento nos sete dias que antecederam as entrevistas feitas pelo instituto.
O aumento dos gastos se explica pela tentativa de uma marca de atrair os consumidores das concorrentes. O Sindicato da Indústria de Cerveja afirmou que a briga se acirrou em 2003, com a chegada da Nova Schin ao mercado.
Em 2000, as cervejas haviam sido a 25ª categoria que mais investiu em publicidade no país. Em 2007, já eram a 11ª.


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