São Paulo, segunda-feira, 10 de maio de 2010

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HARALD WOLFGANG BENVENUTO HARTMANN (1932-2010)

Um engenheiro e sua antiga fábrica de painéis visuais

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Filho de um violinista, Harald Wolfgang Benvenuto Hartmann aprendeu piano e sonhou ser concertista. O desejo durou até o dia em que o professor lhe disse que ele não tinha talento para tal.
Nascido em Hamburgo, na Alemanha, Harald chegou pequeno ao Brasil. Após ter a desilusão com a música, trocou o piano por uma gaita e decidiu estudar engenharia.
Formado, trabalhou em empresas como a Shell. Nas viagens que fazia a trabalho para o exterior, reparou que algumas empresas usavam painéis visuais enquanto, no Brasil, só havia giz e lousa.
Em 1960, montou seu próprio negócio de comunicação visual, que existe até hoje com o nome Controles Visuais Ltda. Fabrica letreiros, painéis e quadros brancos.
Em seu escritório, gostava de tocar gaita e montar bicicletas -tinha uma coleção delas. Criava triciclos e bicicletas motorizadas, que eram usadas em Caldas Novas (GO), onde tinha uma casa.
Há um ano, sofreu uma queda e bateu a cabeça. A partir de então, teve inúmeras complicações de saúde. Na segunda, morreu aos 78, após sofrer uma parada cardíaca.
Como não gostava de falar sobre si, a família descobriu algumas coisas em seu velório. Por exemplo: ao saber que uma jovem tinha alergia a leite, Harald comprou uma cabra para a família da menina, que foi alimentada pelo animal durante toda a infância.
Deixa viúva, filhos e netos. A missa de sétimo dia será hoje, às 19h, na paróquia Sta. Teresinha, na rua Maranhão, SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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