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HARALD WOLFGANG BENVENUTO HARTMANN (1932-2010)
Um engenheiro e sua antiga fábrica de painéis visuais
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Filho de um violinista, Harald Wolfgang Benvenuto
Hartmann aprendeu piano e
sonhou ser concertista. O desejo durou até o dia em que o
professor lhe disse que ele
não tinha talento para tal.
Nascido em Hamburgo, na
Alemanha, Harald chegou pequeno ao Brasil. Após ter a desilusão com a música, trocou
o piano por uma gaita e decidiu estudar engenharia.
Formado, trabalhou em
empresas como a Shell. Nas
viagens que fazia a trabalho
para o exterior, reparou que
algumas empresas usavam
painéis visuais enquanto, no
Brasil, só havia giz e lousa.
Em 1960, montou seu próprio negócio de comunicação
visual, que existe até hoje com
o nome Controles Visuais
Ltda. Fabrica letreiros, painéis e quadros brancos.
Em seu escritório, gostava
de tocar gaita e montar bicicletas -tinha uma coleção
delas. Criava triciclos e bicicletas motorizadas, que eram
usadas em Caldas Novas
(GO), onde tinha uma casa.
Há um ano, sofreu uma
queda e bateu a cabeça. A partir de então, teve inúmeras
complicações de saúde. Na segunda, morreu aos 78, após
sofrer uma parada cardíaca.
Como não gostava de falar
sobre si, a família descobriu
algumas coisas em seu velório. Por exemplo: ao saber que
uma jovem tinha alergia a leite, Harald comprou uma cabra para a família da menina,
que foi alimentada pelo animal durante toda a infância.
Deixa viúva, filhos e netos.
A missa de sétimo dia será hoje, às 19h, na paróquia Sta. Teresinha, na rua Maranhão, SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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