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Mais pessoas pagam plano de saúde
da Reportagem Local
O paulista do interior teve que
pôr a mão no bolso para manter
seu plano de saúde privado. De 94
a 98, cresceu de 27% para 51% o
percentual dos usuários de convênio que pagam pelo benefício
-segundo a PCV-98 da Seade.
Um dos motivos foi o corte de
gastos das empresas que antes
bancavam esse tipo de convênio
para seus empregados. O outro, a
precarização do mercado de trabalho: as pessoas perdem o emprego
assalariado e viram autônomas.
Para não cair na rede pública, esses trabalhadores por conta própria passam a pagar pelo plano de
saúde que antes recebiam da empresa onde trabalhavam.
Pelo menos por enquanto. Nos
primeiros quatro anos de Plano
Real, ficou praticamente estável o
percentual de moradores do interior de São Paulo que possuem plano de saúde privado: variou de
42% para 43%.
A tendência para o futuro, entretanto, ainda é uma incógnita, diz o
sociólogo Olavo Viana Costa, um
dos coordenadores da PCV.
Ele diz ser necessário esperar para ver os efeitos da regulamentação
dos planos de saúde. "Se eles aumentarem seus preços, pode ser
que uma parcela não consiga pagar
as mensalidades e passe para o SUS
(Sistema Único de Saúde)".
Se isso ocorrer, deverá haver
problemas no sistema público.
A PCV mostra que entre 94 e 98
aumentou de 4% para 7% o percentual de usuários que não conseguiram ser atendidos no mesmo
dia no SUS.
(JRT)
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