São Paulo, Segunda-feira, 10 de Maio de 1999
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Mais pessoas pagam plano de saúde

da Reportagem Local

O paulista do interior teve que pôr a mão no bolso para manter seu plano de saúde privado. De 94 a 98, cresceu de 27% para 51% o percentual dos usuários de convênio que pagam pelo benefício -segundo a PCV-98 da Seade.
Um dos motivos foi o corte de gastos das empresas que antes bancavam esse tipo de convênio para seus empregados. O outro, a precarização do mercado de trabalho: as pessoas perdem o emprego assalariado e viram autônomas.
Para não cair na rede pública, esses trabalhadores por conta própria passam a pagar pelo plano de saúde que antes recebiam da empresa onde trabalhavam.
Pelo menos por enquanto. Nos primeiros quatro anos de Plano Real, ficou praticamente estável o percentual de moradores do interior de São Paulo que possuem plano de saúde privado: variou de 42% para 43%.
A tendência para o futuro, entretanto, ainda é uma incógnita, diz o sociólogo Olavo Viana Costa, um dos coordenadores da PCV.
Ele diz ser necessário esperar para ver os efeitos da regulamentação dos planos de saúde. "Se eles aumentarem seus preços, pode ser que uma parcela não consiga pagar as mensalidades e passe para o SUS (Sistema Único de Saúde)".
Se isso ocorrer, deverá haver problemas no sistema público.
A PCV mostra que entre 94 e 98 aumentou de 4% para 7% o percentual de usuários que não conseguiram ser atendidos no mesmo dia no SUS. (JRT)



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