DA FOLHA RIBEIRÃO

O corpo do aposentado Edmar Nascimento, 51, morto em maio após tomar o medicamento Celobar, em Igarapava (SP), foi exumado na manhã de ontem. A retirada dos órgãos visa detectar se a morte foi causada pelo remédio.
Nascimento é a única suspeita de vítima do contraste radiológico no Estado de São Paulo, de acordo com a Anvisa.
Os legistas Jorge Luiz Soares de Souza e Luís Alves Ferreira Avezim retiraram partes do estômago, esôfago, intestino, fígado, pulmão, baço e rins da vítima. As partes foram congeladas e serão enviadas para Ribeirão Preto, que encaminhará o material para São Paulo.
De acordo com Souza, que é chefe da equipe de perícia do Instituto Médico Legal de Ituverava, à primeira vista não havia nada de diferente no corpo.
Não há previsão de quando os exames ficarão prontos. Segundo a Anvisa, o problema é que o exame para detectar o bário no organismo humano não é comum.
No caso do aposentado, há outro agravante. Segundo o diretor do IML de Ribeirão Preto, José Eduardo Velludo, o transporte do material para Ribeirão é incerto. "Só um veículo faz o serviço uma vez por semana." Já o único veículo que faz o trajeto Ribeirão-São Paulo é usado duas vezes por mês.


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