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São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 2003

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LEGISLATIVO

Líder do governo acredita que já tenha apoio necessário; ao menos 2 "rebeldes" petistas dão indício de recuo

Com o PT rachado, Câmara deve votar anistia a irregulares

DA REPORTAGEM LOCAL

O líder do governo na Câmara Municipal, vereador João Antonio (PT), acredita já ter os votos necessários para aprovar o polêmico projeto que anistia lojas irregulares em vias da cidade, como alameda Gabriel Monteiro da Silva e a avenida Pacaembu.
João Antonio, que calcula contar com o apoio de 34 a 36 vereadores, deve colocar o projeto em votação hoje. Mesmo petistas contrários à medida acreditam que a anistia vá ser aprovada. Para isso, é necessário o apoio de ao menos 33 dos 55 vereadores.
A discussão da anistia rachou os petistas. Na semana passada, José Américo Dias teve de deixar o posto de secretário da Comunicação para reassumir seu mandato como vereador e recompor a maioria pró-prefeitura na bancada. A suplente de Dias, Zélia Lopes (PT), era contrária à anistia, o que deixava os que se opõem ao projeto em vantagem por 9 a 8.
Com o retorno de Dias, restaram oito petistas contra a anistia, mas nem todos devem manter a posição. Ao menos dois vereadores já indicaram que vão recuar.
A pressão pela aprovação tem sido intensa. A Folha apurou que a prefeita Marta Suplicy (PT) e o secretário de Governo, Rui Falcão, falaram com vereadores petistas no final de semana para pedir que votem a favor da anistia.
Um dos temores dos dissidentes é o de que, agora em maioria, os vereadores a favor da anistia decidam na reunião de hoje fechar posição pela aprovação do projeto. Com isso, poderia haver sanções contra quem votasse contra.
No entanto o próprio João Antonio já havia dito na semana passada que não será fechada questão nesse assunto, por não se tratar de um tema estatutário.
(PEDRO DIAS LEITE)


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