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São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 2003

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TRANSPORTE

Moradores de Parelheiros fizeram barricada em manifestação contra mudanças promovidas pela prefeitura

Protesto por falta de ônibus fecha avenida

DA REPORTAGEM LOCAL

Moradores do Jardim Recanto Campo Belo, em Parelheiros, bloquearam ontem pela manhã por seis horas a avenida Teotônio Vilela, no extremo sul de São Paulo, para protestar contra as mudanças feitas pela prefeitura no transporte coletivo da região. Foi a primeira manifestação desde que 226 linhas foram extintas e outras 300 alteradas, no dia 17 de maio.
A Teotônio Vilela ficou bloqueada das 4h30 às 11h com terras e pneus jogados por cerca de 500 manifestantes, segundo a PM. Segundo a CET, o ato atrapalhou o trânsito na região, causando lentidão nas ruas próximas.
Com o protesto, os moradores queriam pedir a volta dos ônibus que faziam o trajeto da linha 6075/10 (Jd. Recanto Campo Belo-Terminal Santo Amaro). No novo sistema, segundo a SPTrans, os 6 ônibus da viação Parelheiros -uma das nove empresas descredenciadas pela prefeitura- foram substituídos por 21 peruas da cooperativa Cooperpam.
"As peruas são menores. Fica uma fila enorme no ponto e quem consegue entrar fica espremido", diz a empregada Isaura da Silva.
Os seis ônibus podiam transportar até 480 pessoas -cada ônibus pode levar até 80, sendo 40 sentados. As 21 peruas podem transportar, no máximo, 336 passageiros -cerca de 16 cada.
Segundo a SPTrans, a partir de amanhã serão colocados cinco miniônibus com capacidade para 32 passageiros na linha. E, a partir de sexta, outros quatro miniônibus substituirão quatro peruas.
O aumento foi decidido em uma reunião de quatro horas entre representantes da SPTrans e uma comissão formada por moradores da região.
Um balanço divulgado pela SPTrans na última sexta-feira mostrou que 10% das linhas de ônibus estão em estado crítico. São as que receberam mais de 10 reclamações de usuários nos telefones de informação 156 e 158. A linha Jd. Recanto Campo Belo-Terminal Santo Amaro ocupa o 14º lugar na lista das piores, com 60 telefonemas. As maiores reclamações foram intervalo excessivo e superlotação. (SIMONE IWASSO)


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