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RIO
Medida sucede críticas à mistura de detentos rivais nas prisões
Secretário transfere 478 presos de Bangu 2 e anuncia divisão de Bangu 3
TALITA FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Um dia depois de o juiz titular
da VEP (Vara de Execuções Penais), Carlos Augusto Borges, manifestar ao secretário de Administração Penitenciária do Rio, Astério Pereira dos Santos, preocupação com a mistura de presidiários
de quadrilhas rivais em Bangu 3,
478 presos do Terceiro Comando
(TC) foram transferidos, ontem,
de Bangu 3 para Bangu 2, ambos
no mesmo complexo, na zona
oeste do Rio.
A mistura de facções já havia sido criticada por entidades de direitos humanos e pela Pastoral
Carcerária católica. Na semana
passada, uma rebelião na Casa de
Custódia de Benfica (zona norte),
onde havia presos do Comando
Vermelho (CV) e do TC, resultou
na morte de 31 pessoas (30 presos
e um agente penitenciário).
Especialistas apontavam Bangu
3 como provável local de um novo
confronto entre presidiários inimigos. Havia na penitenciária
cerca de 900 presos -metade do
CV e metade do TC. A separá-los,
duas paredes recheadas com chapas de aço.
Por meio de nota, Santos informou que a transferência foi realizada para que obras de esgoto pudessem ser concluídas em Bangu
3. No entanto, na mesma nota, o
secretário afirma que a penitenciária será transformada em duas,
"com administração, corpo funcional, portaria, entrada e quadra
de visitas distintos".
Segundo o secretário, nenhuma
das duas será da facção A ou B. Os
presos serão "movimentados
constantemente de uma cadeia
para outra, de acordo com o que o
Estado julgar conveniente".
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