|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Estudantes decidem realizar vigília no campus
DA REPORTAGEM LOCAL
Após o confronto com a PM,
estudantes da USP decidiram
manter uma vigília -prevista
para durar a noite toda- no
prédio onde funcionam os cursos de história e geografia.
Eles decidiram ainda realizar
um ato hoje, no início da tarde,
na avenida Paulista.
Os alunos estão em greve
desde quinta-feira passada, em
resposta à permanência da PM
no campus. Eles pedem ainda o
fim da Univesp (Universidade
Virtual do Estado de São Paulo), que ministrará cursos à distância na universidade.
A UNE (União Nacional dos
Estudantes) divulgou nota em
que repudia a ação policial.
Os cursos de história e geografia são os mais mobilizados,
ao lado da pedagogia e da letras.
Só nesses quatro cursos a paralisação foi total. Na história e na
geografia, há barricadas de cadeiras nas salas, para evitar que
alunos e professores que não
aderiram à greve entrem.
Congresso
O confronto entre PMs e alunos repercutiu na sessão do
Congresso Federal. A discussão
teve início após o PSOL apresentar requerimento que solicita que uma comissão externa
de deputados acompanhe a situação. O requerimento não
chegou a ser votado.
"A universidade é um local
sagrado, de conhecimento e saber. Invasão em instituições de
ensino acontecia na época da
ditadura militar", disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
"A polícia não foi lá bater em
estudantes. A PM só quer preservar o direito de todos, dos
alunos que querem estudar, de
professores, ela só está cumprindo o seu papel", rebateu o
vice-líder tucano na Câmara,
Duarte Nogueira (PSDB-SP).
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara, presidida
por um petista, divulgou nota
expressando repúdio ao uso de
violência contra "cidadãos durante ato de exercício do seu legítimo direito de associação e
manifestação". A comissão pretende acompanhar os desdobramentos do incidente.
Colaborou a Sucursal de Brasília
Texto Anterior: Em nota, PM diz que agiu para garantir a ordem Próximo Texto: Serra diz que reitora chamou a PM; ela não comenta ocupação Índice
|