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Serra diz que reitora chamou a PM; ela não comenta ocupação
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), afirmou ontem que a presença da Polícia
Militar no campus da USP
atendia a um pedido da reitoria
da universidade, feito por intermédio da Justiça.
"A questão é a seguinte: o governo está cumprindo ordem
judicial. A reitora pediu segurança e o governo não tem outra alternativa senão cumprir a
ordem judicial, dada por um
juiz", afirmou Serra.
As declarações do governador foram dadas na tarde de ontem, na Vila Mariana (zona sul
de São Paulo), antes da notícia
do confronto entre manifestantes e policiais no campus.
Nesse evento, a inauguração
de um ambulatório médico, havia um pequeno grupo de manifestantes com faixas pedindo a
saída dos policiais do campus.
"Serra: fora PM. Nova repressão da USP", dizia uma das faixas, segurada por dois dos quatro manifestantes.
Após o conflito, a reportagem
procurou a assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes para que o governador
voltasse a se manifestar.
O governo respondeu com
uma mensagem do secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira Filho, que
praticamente repetia as declarações do governador.
"A PM cumpriu ordem judicial, requisitada pela reitora,
para manter o livre acesso das
dependências da universidade
à grande maioria das pessoas
que querem estudar, trabalhar
e ensinar", diz a mensagem.
A reitora Suely Vilela foi novamente procurada ontem para comentar a confronto, mas
ela não atendeu a reportagem.
Ela informou, por meio de
sua assessoria de imprensa, que
preparava uma nota sobre o assunto, mas até o fechamento
desta edição essa mensagem
não havia sido encaminhada.
A Folha tenta desde o último
dia 2 uma entrevista com a reitora, mas não obteve sucesso.
Foram feitos ao menos dez pedidos, todos eles negados.
Na última sexta-feira, por
orientação da assessoria de imprensa da reitoria, a reportagem encaminhou um e-mail
com 13 questões que seriam repassadas à reitora.
Entre os questionamentos, a
Folha solicitou os argumentos
da reitora sobre a necessidade
da força policial no campus.
Também questionou sobre a
possibilidade da reabertura de
negociações com os grevistas.
Até o fechamento desta edição,
esse questionário ainda não havia sido respondido.
Desde a semana passada, a
reitora só se manifesta por
meio de notas.
Durante a ocupação da reitoria em 2007, a reitora chegou a
dar entrevista sobre o assunto,
mas, depois, deixou de atender
a imprensa.
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