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Jobim diz que aviões da TAM já tiveram falhas em tubos
JOHANNA NUBLAT
ALAN GRIPP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Nelson Jobim
(Defesa) afirmou ontem que
aviões da TAM registraram falhas nos tubos que fazem parte
do sistema de medição de velocidade em aviões, os pitots.
Erro na medição, supostamente por problemas nos pitots, ocorreu no Airbus do voo
AF 447. Isso é investigado como possível causa do acidente.
Jobim disse ter ouvido relatos de que os pitots foram entupidos por gelo, mas não deu detalhes nem revelou sua fonte.
Afirmou apenas que os incidentes ocorreram antes de a
TAM atualizar os seus equipamentos -a troca foi recomendada em setembro de 2007.
"Ao que me consta, foram
constatados alguns entupimentos por gelo, mas isso tudo
já está plenamente resolvido,
sem problemas", disse.
A TAM informou que não iria
se manifestar sobre a declaração do ministro.
Anteontem, a companhia havia confirmado que já trocou,
em toda a sua frota (125 aviões),
um dos sensores externos que
medem a velocidade.
Por ora, a alteração dos pitots
não é obrigatória. Segundo Jobim, se as investigações constatarem que a falha teve participação no desastre, a recomendação pode ser transformada
em uma diretriz.
Além da TAM, outras 18 empresas internacionais que fazem voos no Brasil utilizam
Airbus, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Cinco informaram ter atualizado parte ou toda a frota. São
elas: South African, TAP, TAM
Airlines (ex-TAM Mercosur,
que usa aviões da TAM), Avianca e a própria Air France.
Lufthansa, Iberia e Taca afirmaram que usam equipamentos diferentes dos que originaram a recomendação.
Swiss, Turkish Airlines, Air
Canadá, Aerolíneas Argentinas, Air Europa, Lan Peru e Lan
(estas duas agora unidas sob o
nome Lan Airlines) não responderam aos questionamentos da Folha. A reportagem
não conseguiu contato com
Iberworld, Livingston e Tasa.
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