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Sem capacete, grupo faz rapel em viaduto de SP
Subprefeitura proibiu prática depois de acidente; dois já morreram no local
Anna Carolina Negri/Folha Imagem
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Sem capacete, praticante faz rapel ontem à tarde em viaduto sobre a avenida Sumaré, apesar da proibição feita pela prefeitura |
DA REVISTA DA FOLHA
A Subprefeitura da Lapa e a
São Paulo Turismo proibiram,
por meio de uma portaria, as
práticas de rapel e de tirolesa
no viaduto da avenida Dr. Arnaldo desde o segundo semestre do ano passado. Mesmo assim, o local, que tem 27 metros
de altura, ainda costuma concentrar os adeptos nas noites
de sextas-feiras e nas tardes de
finais de semana.
A portaria, segundo a subprefeitura, foi motivada por um
acidente em que uma pessoa
quebrou o braço no final de julho de 2005. Não foi o único imprevisto registrado no local.
Em 2000, duas pessoas morreram fazendo rapel ali. Um ano
antes, o instrutor de mergulho
Paulo Rogério Yoshikawa caiu
e teve fraturas expostas nas
pernas, lesão no tórax e hemorragia no cérebro.
Ontem à tarde, a assessoria
de comunicação da Subprefeitura da Lapa só tomou conhecimento de que havia uma equipe
praticando rapel no viaduto da
Dr. Arnaldo pela reportagem da
Folha.
A assessoria informou à reportagem que estaria encaminhando um carro da Guarda
Civil Metropolitana para o lugar, com a intenção de interromper a atividade. O veículo
só chegou uma hora depois do
aviso, quando o último participante, o economista Eric Calciolari, 26, fazia o seu primeiro
salto -sem capacete.
"Não posso falar, estou muito ansioso", disse ele, segundos
antes da descida e da chegada
da GCM. Os guardas pediram
que o grupo interrompesse os
saltos sem informar aos participantes de que o rapel não é
permitido ali.
Em agosto do ano passado, a
Subprefeitura da Lapa chegou
a anunciar que quem desrespeitasse a proibição poderia ter
o equipamento de rapel
apreendido. Não foi o que
aconteceu na tarde de ontem.
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