São Paulo, sexta-feira, 10 de julho de 2009

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Projeto cria cota de fiscalização de carros

Com o apoio do governo, proposta protocolada na Câmara prevê abordagem de 17 milhões de motoristas por ano no país

Aumento da fiscalização de veículos tem o objetivo de reprimir condutores que estejam desrespeitando principalmente a lei seca

Letícia Moreira/ Folha Imagem
Motorista para em fiscalização da polícia rodoviária na altura do km 223 da rodovia Dutra

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Projeto do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), em tramitação na Câmara, cria cotas de abordagem de motoristas, parando, anualmente, 17 milhões de condutores -30% da frota de veículos do país. A proposta tem o apoio do governo.
O texto, apresentado na semana passada, foi entregue ao ministro José Gomes Temporão (Saúde) nesta semana, durante audiência para discutir o primeiro ano da lei seca.
Atualmente não há um número mínimo de abordagens a serem feitas. A mudança poderia, por exemplo, contornar a falta de fiscalização em alguns Estados que recebem turistas de carro e que, para não espantar os visitantes, tendem a não abordá-los.
"A lei seca é boa, mas é preciso fiscalizar. No Brasil, é como se a cada dois dias caísse um Airbus", afirmou o deputado, presidente da frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro da Câmara, em referência ao acidente com voo da Air France saído do Rio que matou 228 pessoas em 31 de maio.
Para Cyro Vidal, um dos responsáveis pelo atual código de trânsito, o Estado tem que dosar seu policiamento rodoviário de acordo com suas necessidades e condições.
"Determinar a fiscalização de 17 milhões de veículos é uma ingerência na atividade policial do Estado", afirma.
(JOHANNA NUBLAT e MARIA CLARA CABRAL)


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