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Projeto cria cota de fiscalização de carros
Com o apoio do governo, proposta protocolada na Câmara prevê abordagem de 17 milhões de motoristas por ano no país
Aumento da fiscalização de veículos tem o objetivo de reprimir condutores que estejam desrespeitando principalmente a lei seca
Letícia Moreira/ Folha Imagem
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Motorista para em fiscalização da polícia rodoviária na altura do km 223 da rodovia Dutra
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Projeto do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), em tramitação na Câmara, cria cotas
de abordagem de motoristas,
parando, anualmente, 17 milhões de condutores -30% da
frota de veículos do país. A proposta tem o apoio do governo.
O texto, apresentado na semana passada, foi entregue ao
ministro José Gomes Temporão (Saúde) nesta semana, durante audiência para discutir o
primeiro ano da lei seca.
Atualmente não há um número mínimo de abordagens a
serem feitas. A mudança poderia, por exemplo, contornar a
falta de fiscalização em alguns
Estados que recebem turistas
de carro e que, para não espantar os visitantes, tendem a não
abordá-los.
"A lei seca é boa, mas é preciso fiscalizar. No Brasil, é como
se a cada dois dias caísse um
Airbus", afirmou o deputado,
presidente da frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro da Câmara, em referência
ao acidente com voo da Air
France saído do Rio que matou
228 pessoas em 31 de maio.
Para Cyro Vidal, um dos responsáveis pelo atual código de
trânsito, o Estado tem que dosar seu policiamento rodoviário de acordo com suas necessidades e condições.
"Determinar a fiscalização de
17 milhões de veículos é uma
ingerência na atividade policial
do Estado", afirma.
(JOHANNA NUBLAT e MARIA CLARA CABRAL)
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