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FORÇA NACIONAL
Treinamento reúne 300 PMs de todo o país durante 15 dias
Óculos de sol é dica para tropa de elite
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Vestidos de camisa preta com a
inscrição "Força Nacional", 300
PMs começaram a receber treinamento para a nova unidade policial do país ontem, minutos após
ouvirem o discurso do ministro
Márcio Thomaz Bastos. Alguns
tópicos da aula eram curiosos:
usar óculos escuros e não dirigir
contra a luz do sol, por exemplo.
Coube aos governadores escolher os nomes dos policiais que
integrarão a Força Nacional de
Segurança Pública, cuja ação deve
começar até o fim do ano. Ontem,
apenas Rio de Janeiro, às voltas
com uma série de assassinatos de
policiais, e São Paulo, que não
apresentou justificativa, não enviaram representantes.
"Está dentro da autonomia administrativa de cada Estado decidir se envia ou não os policiais.
São Paulo tem dado sinais positivos de que deseja participar", disse o secretário nacional de Segurança Pública, delegado federal
Luiz Fernando Corrêa.
O objetivo do treinamento que
começou ontem é "nivelar" os conhecimentos de cada Estado, uniformizando o modo de agir. Os
tópicos lidos pela Folha fazem
parte de sete grupos de temas diferentes, que os policiais aprenderiam ontem. O curso é ministrado
na Academia Nacional da Polícia
Federal, em Brasília.
O tema de número sete, além de
indicar que os alunos deveriam
usar óculos escuros, assinala que
os carros devem conter película.
O curso dura 15 dias. Depois, os
policiais voltam para seus Estados
para repassar o conhecimento adquirido e podem ser convocados
a qualquer momento. Durante o
período em Brasília, cada policial
recebe uma diária de R$ 60.
Quando chamados, poderão receber até R$ 120 por dia -valor
da diária de um policial federal.
A principal pendência para a
Força Nacional é uma lei que autorize a atuação de um policial de
Sergipe na Bahia, por exemplo.
Hoje, policiais e bombeiros podem agir apenas no Estado em
que trabalham. Segundo o secretário Corrêa, o Ministério da Justiça analisa se a autorização será
dada via medida provisória.
"A Força Nacional não é um
instrumento de intervenção, não
está acima das forças do Estado",
frisou Bastos.
A idéia inicial de Bastos era conseguir que todos os governadores
assinassem um termo conjunto
autorizando a ação de policiais de
outros Estados, mas a proposta
encontrou resistência. A medida
provisória deve ser editada até o
fim deste ano.
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