São Paulo, Terça-feira, 10 de Agosto de 1999
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Inquéritos não fazem ligação

da Reportagem Local

O delegado Luiz Alberto Souza Ferreira, responsável pelas apreensões de caça-níqueis em São Paulo, disse que nas mais de 4.000 páginas de inquéritos sobre o assunto não há referência ao nome de Ivo Noal como controlador desse comércio clandestino.
"Até agora não houve essa ligação. Isso não quer dizer que o seu nome (de Ivo Noal) não possa aparecer. Mas os depoimentos colhidos até o momento não mencionam o nome de Noal", afirmou Ferreira, titular da Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Economia Popular do Decon (Departamento Estadual de Polícia do Consumidor).
Ele disse que já apreendeu cerca de 2.000 máquinas de jogos de azar desde maio deste ano.
"Somente no primeiro dia da operação (13 de maio), apreendemos cerca de 700 máquinas", afirmou o delegado.
Segundo ele, a maioria estava instalada em estabelecimentos comerciais com grande movimento de pessoas. "Esses estabelecimentos costumam ficar com 30% da arrecadação da máquina. O restante vai para o proprietário do equipamento."
Ferreira disse que uma máquina instalada em um local movimentado rende, em média, R$ 1.000 (30% do total) por semana para o proprietário do ponto.
As máquinas custam entre R$ 3 mil e R$ 10 mil. O delegado Ferreira afirmou que em São Paulo há pelo menos dez grupos que comercializam esse tipo de equipamento.
Ele disse que alguns equipamentos entram legalmente no país sob o rótulo de "máquina de diversão eletrônica", quando na verdade são de jogo de azar. (AL)

Texto Anterior: Outro lado: Não conheço essa pessoa, diz Ivo Noal
Próximo Texto: Secretaria apura crime organizado
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.