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Inquéritos não fazem ligação
da Reportagem Local
O delegado Luiz Alberto Souza
Ferreira, responsável pelas
apreensões de caça-níqueis em
São Paulo, disse que nas mais de
4.000 páginas de inquéritos sobre
o assunto não há referência ao nome de Ivo Noal como controlador
desse comércio clandestino.
"Até agora não houve essa ligação. Isso não quer dizer que o seu
nome (de Ivo Noal) não possa
aparecer. Mas os depoimentos
colhidos até o momento não
mencionam o nome de Noal",
afirmou Ferreira, titular da Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Economia Popular
do Decon (Departamento Estadual de Polícia do Consumidor).
Ele disse que já apreendeu cerca
de 2.000 máquinas de jogos de
azar desde maio deste ano.
"Somente no primeiro dia da
operação (13 de maio), apreendemos cerca de 700 máquinas", afirmou o delegado.
Segundo ele, a maioria estava
instalada em estabelecimentos
comerciais com grande movimento de pessoas. "Esses estabelecimentos costumam ficar com
30% da arrecadação da máquina.
O restante vai para o proprietário
do equipamento."
Ferreira disse que uma máquina instalada em um local movimentado rende, em média, R$
1.000 (30% do total) por semana
para o proprietário do ponto.
As máquinas custam entre R$ 3
mil e R$ 10 mil. O delegado Ferreira afirmou que em São Paulo há
pelo menos dez grupos que comercializam esse tipo de equipamento.
Ele disse que alguns equipamentos entram legalmente no
país sob o rótulo de "máquina de
diversão eletrônica", quando na
verdade são de jogo de azar.
(AL)
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