JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

No próximo dia 24, em Berlim, na sede da Sociedade Alemã de Oftalmologia, o médico Francisco Max Damico, da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), recebe o prêmio da entidade (diploma e 1.000) por um dos três melhores trabalhos científicos publicados sobre uveíte no ano passado.
O trabalho, realizado com o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), teve por base a tese de doutorado de Damico e quando foi publicado na revista "Investigative Ophthalmology and Visual Science", teve como colaboradores E. Cunha Neto, A. C. Goldberg, L. K. Iwai, M. L. Marin, J. Hammer, J. Kalil e J. H. Yamamoto.

Ouvidos e nervos
Na pesquisa, o oftalmologista Francisco Max Damico estudou a doença de Vogt-Koyanagi-Harada que ao afetar tecidos pigmentados do olho provoca a uveíte (inflamação da túnica média do olho), além de também atingir os ouvidos e o sistema nervoso central.
A pesquisa de Damico comprovou que os melanócitos (células da epiderme produtoras de pigmentos) são as células-alvo da agressão auto-imune e permitiram entender o mecanismo de auto-agressão da doença.


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