São Paulo, Domingo, 10 de Outubro de 1999
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Valor seduz apostador atípico

ALENCAR IZIDORO
da Reportagem Local

Pobre e rico, jovem e velho, azarado e sortudo. As casas lotéricas reuniram durante a semana todo tipo de gente que queria apostar no prêmio recorde da Mega Sena.
Na sexta-feira, os apostadores chegaram a ficar mais de uma hora em filas. Até quem nunca jogou estava "tentando a sorte".
O engenheiro Reginaldo Campos, 37, apostou pela primeira vez. "Vi a fila e fiquei entusiasmado." Apesar de ter feito apenas um bilhete, ele estava esperançoso. "Acho que dá para ganhar."
A dona-de-casa Judite Magalhães, 58, era outra inexperiente - jogou pela primeira vez na semana anterior. Foi seu filho quem a incentivou a fazer nove jogos. Ela se disse pé-frio -"nunca ganhei nada, nem rifa, nem bingo". Mesmo assim, já fazia planos de reformar sua casa com o prêmio de mais de R$ 60 milhões.
A faxineira Ilza Maria de Oliveira, 51, apostadora contumaz (joga pelo menos uma vez por semana), não se importou com a fila de uma hora. "Tenho muita sorte. Já fiz quadra e terno duas vezes." Apesar disso, depois de fazer seis jogos, ainda não fazia planos. "Primeiro é preciso ganhar."
Vanessa Regina de Assis, 22, e Evelin Cerdeirinha, 20, que trabalham como auxiliares administrativas, foram juntas à casa de apostas. Elas não estão acostumadas a jogar, mas desta vez fizeram até um acordo: quem ganhar o prêmio recorde terá que dar R$ 1 milhão para a outra.


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