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GOVERNO FEDERAL
Recursos para a linha de crédito sairão do FGTS; Estado, município e empresa podem ser beneficiados
Transporte coletivo terá R$ 250 milhões
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo anunciou ontem linha de crédito de R$ 250 milhões
para obras de infra-estrutura em
transportes coletivos. O dinheiro,
que será liberado neste ano, virá
do FGTS. Os recursos poderão ser
destinados a prefeituras, governos estaduais e empresas privadas que atuam no setor.
As empresas privadas também
têm acesso ao programa porque
os Estados e municípios têm restrições legais ao endividamento.
Para o período 2004-2007, o governo quer que a linha de crédito
seja de R$ 600 milhões por ano.
Caso haja aprovação do conselho
curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para
esse valor, isso significa que poderão ser emprestados R$ 2,4 bilhões no período para melhorias
no sistema de transporte coletivo.
O dinheiro do FGTS será usado
para financiar obras como a construção de vias exclusivas para ônibus, terminais de passageiros,
abrigos e pontos de parada.
O empréstimo terá taxa de juros
de 10% ao ano (mais TR), carência de 60 dias contados a partir da
conclusão da obra e prazo de pagamento de 120 meses.
Os interessados deverão dar
contrapartida ao empréstimo. A
contrapartida mínima é 10% do
valor financiado (poderes públicos) e 20% (empresas privadas).
Caso duas empresas privadas
estejam pleiteando recursos do
FGTS para o mesmo projeto, vence a disputa pelo financiamento
que oferecer maior contrapartida.
Os projetos deverão ser encaminhados ao Ministério das Cidades
até 21 de novembro para que haja
liberação de recursos do primeiro
lote de financiamento.
Em seu discurso na inauguração do evento, o ministro Olívio
Dutra (Cidades) disse que é preciso haver um esforço para reduzir
as tarifas cobradas dos passageiros, para que a parte mais pobre
da população não fique excluída.
A NTU (Associação Nacional de
Empresas de Transportes Urbanos) disse que a solução ideal para
os problemas do setor é o uso dos
recursos da Cide (contribuição
cobrada sobre combustíveis).
Segundo a NTU, com esse dinheiro poderiam ser investidos
R$ 2,5 bilhões por ano na melhoria de condições de transporte.
Apesar disso, a entidade elogiou a
medida anunciada pelo governo.
"É muito pouco para as necessidades do setor, porém já é um começo.", disse Otávio Vieira da
Cunha Filho, presidente da NTU.
Sobre a possibilidade de reduzir
tarifas, a associação sugere redução de impostos no setor, financiamento para o transporte gratuito de passageiros e preço mais
baixo para o diesel usado nos
transportes coletivos.
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