|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Homem é morto em discussão no trânsito
Segundo a mulher da vítima, também atingida por dois tiros, criminosos que estavam em Golf se irritaram com buzina
Funcionário público tinha
seis filhos e havia ido buscar
mulher no trabalho, no
centro; crime aconteceu
em Cangaíba, na zona leste
DO "AGORA"
O funcionário público Aguinaldo Mário de Assis, 50, foi assassinado anteontem com quatro tiros -três na nuca e um na
barriga- durante uma discussão de trânsito em Cangaíba
(zona leste de São Paulo).
A vítima estava acompanhada da mulher, que foi ferida por
dois disparos no ombro. Segundo a polícia, o crime aconteceu
após o casal discutir com dois
homens no trânsito.
De acordo com a polícia, Sueli Lopes de Paula, 51, disse que o
marido foi buscá-la no trabalho, na Procuradoria-Geral do
Município, na Bela Vista (região central), num Palio branco
emprestado por um amigo no
dia anterior. Ela conta que eles
estavam próximos de casa
quando levaram uma fechada
de um Golf prata no momento
em que chegavam à avenida
Doutor Assis Ribeiro.
Eles vinham da marginal Tietê, e os dois homens, no Golf, do
viaduto Imigrante Nordestino.
Assim que os carros se encontraram na Assis Ribeiro, segundo Sueli, os dois veículos quase
bateram. Ela contou à polícia
que o marido buzinou, o que teria irritado a dupla.
Em seguida, de acordo com
ela, começou uma perseguição.
Entre insultos contra o funcionário público, por cerca de
1.600 metros, o Golf teria, por
várias vezes, impedido a passagem do carro com freadas bruscas e repentinas.
Ainda de acordo com a versão de Sueli, um dos ocupantes
do Golf acenou para que Assis
parasse o carro. O funcionário
público pediu, então, que a mulher ligasse de seu celular para a
polícia.
Em frente ao número 1.220
da avenida Doutor Assis Ribeiro, no momento em que os dois
carros estavam emparelhados,
um dos ocupantes do Golf sacou uma arma e efetuou vários
disparos na direção do casal. Os
tiros foram dados no lado esquerdo do Palio, na altura da
cabeça das vítimas.
Até a conclusão desta edição,
a polícia ainda não tinha pistas
dos criminosos.
Levado por policiais militares ao pronto-socorro, Assis
não resistiu aos ferimentos.
Sueli, que segue internada, não
pôde acompanhar o enterro.
Segundo o hospital onde ela
está internada, ela não corre
risco de morte.
O motorista Edilson Ribeiro
dos Santos, 41, que emprestou o
carro para Assis, conta que soube da morte do amigo por um
parente da vítima. "Estava
combinado que ele me pegaria
em casa de manhã para irmos
ao trabalho. Estou muito chocado, trabalhamos juntos durante dois anos", diz.
Abalados, os familiares de
Assis não quiseram falar sobre
o caso.
Pai de seis filhos, o funcionário público trabalhava desde
2004 na Subprefeitura Santana/Tucuruvi. De acordo com a
prefeitura, ele era funcionário
público desde 1984 e vinha
atuando como chefe do setor de
armazenagem de supervisão da
subprefeitura.
Texto Anterior: Saída para o feriado deixa o trânsito lento Próximo Texto: Paraná: Presos mais 4 suspeitos de comandar chacina Índice
|