São Paulo, sábado, 10 de outubro de 2009

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Homem é morto em discussão no trânsito

Segundo a mulher da vítima, também atingida por dois tiros, criminosos que estavam em Golf se irritaram com buzina

Funcionário público tinha seis filhos e havia ido buscar mulher no trabalho, no centro; crime aconteceu em Cangaíba, na zona leste

DO "AGORA"

O funcionário público Aguinaldo Mário de Assis, 50, foi assassinado anteontem com quatro tiros -três na nuca e um na barriga- durante uma discussão de trânsito em Cangaíba (zona leste de São Paulo).
A vítima estava acompanhada da mulher, que foi ferida por dois disparos no ombro. Segundo a polícia, o crime aconteceu após o casal discutir com dois homens no trânsito.
De acordo com a polícia, Sueli Lopes de Paula, 51, disse que o marido foi buscá-la no trabalho, na Procuradoria-Geral do Município, na Bela Vista (região central), num Palio branco emprestado por um amigo no dia anterior. Ela conta que eles estavam próximos de casa quando levaram uma fechada de um Golf prata no momento em que chegavam à avenida Doutor Assis Ribeiro.
Eles vinham da marginal Tietê, e os dois homens, no Golf, do viaduto Imigrante Nordestino. Assim que os carros se encontraram na Assis Ribeiro, segundo Sueli, os dois veículos quase bateram. Ela contou à polícia que o marido buzinou, o que teria irritado a dupla.
Em seguida, de acordo com ela, começou uma perseguição. Entre insultos contra o funcionário público, por cerca de 1.600 metros, o Golf teria, por várias vezes, impedido a passagem do carro com freadas bruscas e repentinas.
Ainda de acordo com a versão de Sueli, um dos ocupantes do Golf acenou para que Assis parasse o carro. O funcionário público pediu, então, que a mulher ligasse de seu celular para a polícia.
Em frente ao número 1.220 da avenida Doutor Assis Ribeiro, no momento em que os dois carros estavam emparelhados, um dos ocupantes do Golf sacou uma arma e efetuou vários disparos na direção do casal. Os tiros foram dados no lado esquerdo do Palio, na altura da cabeça das vítimas.
Até a conclusão desta edição, a polícia ainda não tinha pistas dos criminosos.
Levado por policiais militares ao pronto-socorro, Assis não resistiu aos ferimentos. Sueli, que segue internada, não pôde acompanhar o enterro.
Segundo o hospital onde ela está internada, ela não corre risco de morte.
O motorista Edilson Ribeiro dos Santos, 41, que emprestou o carro para Assis, conta que soube da morte do amigo por um parente da vítima. "Estava combinado que ele me pegaria em casa de manhã para irmos ao trabalho. Estou muito chocado, trabalhamos juntos durante dois anos", diz.
Abalados, os familiares de Assis não quiseram falar sobre o caso.
Pai de seis filhos, o funcionário público trabalhava desde 2004 na Subprefeitura Santana/Tucuruvi. De acordo com a prefeitura, ele era funcionário público desde 1984 e vinha atuando como chefe do setor de armazenagem de supervisão da subprefeitura.


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