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Preso pagou US$ 10 mil para fugir
da Sucursal de Brasília
Após ser recapturado no dia 12
de maio de 97, o traficante Antonio Mota Graça, o "Rei do Pó",
afirmou à Polícia Federal que pagou US$ 10 mil para fugir da Casa
de Detenção em São Paulo em dezembro de 92.
Segundo a PF, ele disse que o
plano de fuga foi preparado por
um grupo de ladrões do pavilhão
4, que planejou o depoimento dele
em Itapecerica da Serra (SP) como
suposto autor de um assassinato.
O traficante, também conhecido
como "Curica", foi resgatado
durante a viagem quando o carro
em que era conduzido para ir depor foi cercado por homens encapuzados.
Em 97, quando foi preso em um
posto de gasolina entre Vinhedo e
Cajamar, no interior de São Paulo,
"Curica" tentou subornar os
agentes federais responsáveis pela
sua captura.
Ele estava usando documentos
falsos adquiridos em Bilbao, na
Espanha. A carteira de identidade,
o passaporte e a carteira de motorista apreendidos estavam em nome de German Gonzales Vega.
Na polícia, o traficante contou
que havia viajado nos quatro anos
anteriores por países da Europa,
América Central e América do Sul,
inclusive a Colômbia. A liberdade
de "Curica" foi um dos motivos
que levaram o Brasil a acertar tratado de assistência judicial com a
Colômbia. Com esse tratado, os
países desburocratizam a extradição de foragidos e o combate ao
narcotráfico e facilitam a transferência de presos.
(AG)
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