São Paulo, sábado, 10 de outubro de 1998

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Preso pagou US$ 10 mil para fugir

da Sucursal de Brasília

Após ser recapturado no dia 12 de maio de 97, o traficante Antonio Mota Graça, o "Rei do Pó", afirmou à Polícia Federal que pagou US$ 10 mil para fugir da Casa de Detenção em São Paulo em dezembro de 92.
Segundo a PF, ele disse que o plano de fuga foi preparado por um grupo de ladrões do pavilhão 4, que planejou o depoimento dele em Itapecerica da Serra (SP) como suposto autor de um assassinato.
O traficante, também conhecido como "Curica", foi resgatado durante a viagem quando o carro em que era conduzido para ir depor foi cercado por homens encapuzados.
Em 97, quando foi preso em um posto de gasolina entre Vinhedo e Cajamar, no interior de São Paulo, "Curica" tentou subornar os agentes federais responsáveis pela sua captura.
Ele estava usando documentos falsos adquiridos em Bilbao, na Espanha. A carteira de identidade, o passaporte e a carteira de motorista apreendidos estavam em nome de German Gonzales Vega.
Na polícia, o traficante contou que havia viajado nos quatro anos anteriores por países da Europa, América Central e América do Sul, inclusive a Colômbia. A liberdade de "Curica" foi um dos motivos que levaram o Brasil a acertar tratado de assistência judicial com a Colômbia. Com esse tratado, os países desburocratizam a extradição de foragidos e o combate ao narcotráfico e facilitam a transferência de presos. (AG)



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