São Paulo, sábado, 10 de outubro de 1998

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Laudo aponta que grávida morta havia consumido álcool e cocaína

da Folha Ribeirão

Selma Heloísa Artigas da Silva, 22, morta em Ribeirão Preto no início de setembro, estava alcoolizada e consumiu cocaína no dia em que morreu, aponta laudo do IML (Instituto Médico Legal).
Segundo o laudo, havia 2,2 gramas de álcool por litro de sangue de Selma, garota de programa que estava grávida -três vezes mais do que o permitido por lei, por exemplo, para quem vai dirigir.
"A partir do sangue também foram encontradas partículas de cocaína no corpo de Selma", disse o legista Nélio Rezende Cardoso.
Ontem, o advogado Said Issa Hallah, que defende o empresário Pablo Russel Rocha, acusado do crime, disse que usará o laudo para reforçar a tese acidente.
Em depoimento, Rocha, preso, disse que Selma ficou presa pelo cinto de segurança de sua camionete, no anel viário, na saída para Sertãozinho, sendo arrastada no asfalto. Ele afirma só ter percebido o fato após andar 2,5 km.
"A mistura de álcool e cocaína é forte e pode explicar o comportamento agitado dela quando saiu da camionete", diz o advogado.
O delegado Samuel Antônio Zanferdini, do setor de homicídios de Ribeirão Preto, vai aguardar os laudos do IC (Instituto de Criminalística) de São Paulo para concluir o inquérito.
Os peritos analisam os ferimentos e verificando se houve acidente ou se a morte foi intencional, a partir da posição dos ferimentos.
Para Zanferdini, o laudo do IML mostrou que há necessidade de se fazer um teste de DNA nas amostras de espermatozóides encontradas no corpo de Selma.
Exame feito pelo IML mostrou que a garota teve relações sexuais no dia em que morreu, mas não revela com quem. Rocha disse em depoimento que não fez sexo com Selma. Segundo o delegado, exames podem apontar contradições na versão do empresário.



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