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Laudo aponta que grávida morta havia consumido álcool e cocaína
da Folha Ribeirão
Selma Heloísa Artigas da Silva,
22, morta em Ribeirão Preto no
início de setembro, estava alcoolizada e consumiu cocaína no dia
em que morreu, aponta laudo do
IML (Instituto Médico Legal).
Segundo o laudo, havia 2,2 gramas de álcool por litro de sangue
de Selma, garota de programa que
estava grávida -três vezes mais
do que o permitido por lei, por
exemplo, para quem vai dirigir.
"A partir do sangue também foram encontradas partículas de cocaína no corpo de Selma", disse o
legista Nélio Rezende Cardoso.
Ontem, o advogado Said Issa
Hallah, que defende o empresário
Pablo Russel Rocha, acusado do
crime, disse que usará o laudo para reforçar a tese acidente.
Em depoimento, Rocha, preso,
disse que Selma ficou presa pelo
cinto de segurança de sua camionete, no anel viário, na saída para
Sertãozinho, sendo arrastada no
asfalto. Ele afirma só ter percebido
o fato após andar 2,5 km.
"A mistura de álcool e cocaína é
forte e pode explicar o comportamento agitado dela quando saiu
da camionete", diz o advogado.
O delegado Samuel Antônio
Zanferdini, do setor de homicídios de Ribeirão Preto, vai aguardar os laudos do IC (Instituto de
Criminalística) de São Paulo para
concluir o inquérito.
Os peritos analisam os ferimentos e verificando se houve acidente
ou se a morte foi intencional, a
partir da posição dos ferimentos.
Para Zanferdini, o laudo do IML
mostrou que há necessidade de se
fazer um teste de DNA nas amostras de espermatozóides encontradas no corpo de Selma.
Exame feito pelo IML mostrou
que a garota teve relações sexuais
no dia em que morreu, mas não
revela com quem. Rocha disse em
depoimento que não fez sexo com
Selma. Segundo o delegado, exames podem apontar contradições
na versão do empresário.
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