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Contrabandistas usam trilhas ao lado da Receita
DO ENVIADO ESPECIAL A PUERTO SUÁREZ
Apelidadas de cabriteiras, as trilhas que deverão
ser ocupadas e destruídas
pelo Exército ficam ao lado do prédio da Receita
Federal do Brasil na fronteira com a Bolívia.
Mesmo com a precariedade da fiscalização brasileira, há pessoas com muita mercadoria que preferem não se arriscar. Usam,
então, as cabriteiras, que
partem de um estacionamento de táxis e vans perto do prédio da Receita.
Em dois minutos de caminhada alcança-se o território boliviano. Quem
traz mercadorias da Bolívia e não tem condução
prefere passar pelas trilhas. Se a carga for pesada,
são contratados meninos
bolivianos -R$ 5 por "viagem", em média.
Do lado da Bolívia, é comum ver fardos de mercadorias deixados às margens das trilhas à espera
do momento ideal para a
travessia do atalho.
A carga pode ser de roupas, objetos de limpeza,
comida, cocaína e até armamento. Há dois meses,
PMs abordaram um homem, que correu de volta
para a Bolívia, deixando
uma mala. Dentro, havia,
desmontado, um fuzil calibre 7.62, fabricado na Argentina. A arma pode custar até R$ 40 mil no Rio,
seu provável destino.
(ST)
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