São Paulo, quarta-feira, 10 de novembro de 2010

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Ministro defende prova e aponta avanços

Fernando Haddad diz que Enem melhorou em segurança, qualidade e distribuição em relação ao ano passado

Ministro cita prova feita após a data no ES, em 2009, para dizer que é possível reaplicar o exame só para alguns

DE BRASÍLIA

O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu ontem a realização do Enem afirmando que o exame deste ano foi "muito superior" ao do ano passado.
O ministro afirmou que houve avanços significativos do ponto de vista da segurança, da distribuição e da qualidade da prova. "Evidentemente, nós podemos melhorar ainda mais. Mas não houve recuo em relação ao ano anterior, ao contrário", disse, após sair de um encontro com o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante.
Sobre a possibilidade de o exame ter menos adesão no próximo ano, Haddad disse que de 2009 para 2010 houve crescimento. "O número de universidades aderentes aumentou e o número de inscritos também", afirmou.
Na edição do Enem do ano passado houve vazamento da prova, e o MEC decidiu cancelá-la e realizar um outro exame em seguida.
Haddad voltou a afirmar que é possível reaplicar o exame apenas para os estudantes que receberam a prova de sábado com erro de impressão. Ele lembrou que em 2009 o Inep realizou mais de uma prova por conta de uma inundação no Espírito Santo, que impediu parte dos estudantes de participarem do Enem na data original.
"Nós aplicamos um segundo exame para quase 8.000 pessoas, que fizeram uma prova distinta da primeira", disse o ministro. "Esses alunos tiveram suas correções divulgadas na mesma data, com a mesma confiabilidade técnica e a mesma métrica de avaliação", completou.
Haddad lembrou que o sistema adotado pelo Enem -TRI (Teoria de Resposta ao Item)- permite a elaboração de provas diferentes com o mesmo grau de dificuldade. "Eu sei que isso é novo para o mundo jurídico, mas no meio educacional essa questão já está pacificada."
Segundo ele, o MEC está mapeando os casos de alunos que receberam prova com erro. Em Sergipe, por exemplo, foram detectados 12 casos até agora.


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