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TRANSPORTES
TRT julgou não abusiva a paralisação, que deixou 2,5 milhões sem transporte e gerou caos no trânsito
Funcionário do Metrô suspende greve
GONZALO NAVARRETE
da Reportagem Local
Os funcionários do Metrô de
São Paulo suspenderam a greve
que deixou ontem cerca de 2,5
milhões de passageiros sem transporte.
A greve acabou depois que o
Tribunal Regional do Trabalho
(TRT) julgou a paralisação não
abusiva e determinou que a companhia do metrô pague R$ 500 a
cada um dos 7.400 funcionários
da empresa até o próximo dia 20.
O valor corresponde a uma antecipação do repasse do PLR
(Programa de Participação nos
Lucros e Resultados). Segundo
cálculos do Sindicato dos Metroviários, cada um dos 7.400 trabalhadores deveria receber R$ 1.200.
Pela previsão inicial, a greve deveria se estender durante todo o
dia de hoje, totalizando 48 horas.
O TRT condicionou o benefício
dado aos metroviários à normalização total do sistema até as 22h
de ontem.
Os benefícios incluem também
60 dias de estabilidade e o pagamento das horas não trabalhadas
na greve de ontem.
O TRT advertiu que revogaria
todos os benefícos, caso os metroviários não voltassem ao trabalho
até as 22h de ontem. Além disso, o
sindicato da categoria ainda terá
de pagar multa diária de R$ 100
mil.
Ontem, as 46 estações do Metrô
ficaram fechadas durante todo o
dia. As primeira composições começaram a circular por volta das
XXh de ontem.
Os motoristas gastaram ontem
o triplo do tempo perdido nos
dias normais para se locomover
pela cidade por causa da greve geral do metrô, segundo levantamento feito pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Além da falta de metrô, a suspensão do rodízio municipal foi o
fator que mais pesou para a piora
dos índices de congestionamento.
Foram 600 mil veículos a mais nas
ruas de São Paulo.
O pico da manhã ficou em 90
quilômetros, 30% acima do maior
índice medido no mesmo período
da semana passada.
Por causa do trânsito parado,
muitos passageiros de ônibus
preferiram descer dos veículos e
andar a pé. Quem optou pelas lotações teve de pagar até R$ 5 pela
passagem, que nos dias normais
custa até R$ 1,00.
O Transurb (sindicato dos empresários) informou que os ônibus tiveram aumento de 15% no
número de passageiros por causa
da greve do metrô.
Colaborou Alencar Izidoro, da Reportagem
Local
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