São Paulo, Sexta-feira, 10 de Dezembro de 1999


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TRANSPORTES
TRT julgou não abusiva a paralisação, que deixou 2,5 milhões sem transporte e gerou caos no trânsito
Funcionário do Metrô suspende greve

GONZALO NAVARRETE
da Reportagem Local

Os funcionários do Metrô de São Paulo suspenderam a greve que deixou ontem cerca de 2,5 milhões de passageiros sem transporte.
A greve acabou depois que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) julgou a paralisação não abusiva e determinou que a companhia do metrô pague R$ 500 a cada um dos 7.400 funcionários da empresa até o próximo dia 20.
O valor corresponde a uma antecipação do repasse do PLR (Programa de Participação nos Lucros e Resultados). Segundo cálculos do Sindicato dos Metroviários, cada um dos 7.400 trabalhadores deveria receber R$ 1.200.
Pela previsão inicial, a greve deveria se estender durante todo o dia de hoje, totalizando 48 horas.
O TRT condicionou o benefício dado aos metroviários à normalização total do sistema até as 22h de ontem.
Os benefícios incluem também 60 dias de estabilidade e o pagamento das horas não trabalhadas na greve de ontem.
O TRT advertiu que revogaria todos os benefícos, caso os metroviários não voltassem ao trabalho até as 22h de ontem. Além disso, o sindicato da categoria ainda terá de pagar multa diária de R$ 100 mil.
Ontem, as 46 estações do Metrô ficaram fechadas durante todo o dia. As primeira composições começaram a circular por volta das XXh de ontem.
Os motoristas gastaram ontem o triplo do tempo perdido nos dias normais para se locomover pela cidade por causa da greve geral do metrô, segundo levantamento feito pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Além da falta de metrô, a suspensão do rodízio municipal foi o fator que mais pesou para a piora dos índices de congestionamento. Foram 600 mil veículos a mais nas ruas de São Paulo.
O pico da manhã ficou em 90 quilômetros, 30% acima do maior índice medido no mesmo período da semana passada.
Por causa do trânsito parado, muitos passageiros de ônibus preferiram descer dos veículos e andar a pé. Quem optou pelas lotações teve de pagar até R$ 5 pela passagem, que nos dias normais custa até R$ 1,00.
O Transurb (sindicato dos empresários) informou que os ônibus tiveram aumento de 15% no número de passageiros por causa da greve do metrô.


Colaborou Alencar Izidoro, da Reportagem Local

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