DA SUCURSAL DO RIO

Morreu, no final da tarde de sábado, Hugo Ronca Cavalcanti, 12, que tinha sido baleado há oito dias em um clube no Alto Leblon, zona sul do Rio. A polícia ainda investiga de onde partiu o tiro.
Hugo morreu uma semana após ter sido baleado quando jogava bola com amigos no clube Federal, na rua Timóteo da Cosa, no alto Leblon. Ele participava de uma festa no clube, numa das áreas mais valorizadas do Rio. Ao cair, os amigos acharam que ele tinha desmaiado. O buraco de bala só foi descoberto no hospital Miguel Couto (Leblon), onde foi internado. Hugo passou por uma cirurgia, mas os médicos não chegaram a tirar a bala alojada na cabeça do menino para não complicar a situação de saúde dele, que ficou no CTI durante toda a semana.
Ele foi enterrado ontem à tarde no cemitério Parque da Colina em Niterói. Segundo a polícia, a família de Hugo mudou-se do Leblon para Itaipu, em Niterói, para fugir da violência do Rio.
O caso está sendo investigado pela 14ª DP (Leblon). Na reconstituição feita na terça-feira passada no local, a polícia concluiu que o tiro que atingiu Hugo partiu de um dos prédios locais ou da favela Chácara do Céu, que fica a 500 metros do clube. O clube vinha recebendo reclamações por causa do barulho. O disparo teria sido feito para cima, segundo o delegado Rafael Menezes, responsável pela investigação.
"Se por ventura for constatado que o tiro veio da Chácara do Céu, a polícia vai determinar uma operação lá", disse o delegado.
Um laudo de tomografia do IML aponta que a bala que atingiu Hugo tem 9 milímetros de diâmetro e 16 de comprimento.
Como a retirada do projétil, o Instituto de Criminalística Carlos Éboli poderá fazer a perícia mais precisa do calibre da bala.


Texto Anterior: Saiba mais: Docente fez pós em escola americana
Próximo Texto: Evento "Agora": Debate discutirá a progressão continuada em escolas de SP
Índice