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Médicos da zona leste serão beneficiados
DA REPORTAGEM LOCAL
Os novos hospitais da zona
leste funcionam com o corpo
clínico aberto, ou seja, os médicos não são contratados. A ocupação dos leitos dependerá de
os profissionais encaminharem
seus pacientes aos hospitais.
Por isso, agrados é que não
faltam a esses profissionais.
Tanto o São Luiz como o Villa
Lobos possuem áreas vips destinadas ao conforto do médico.
No Villa Lobos, por exemplo,
esse espaço de convivência tem
computadores, TV de plasma,
lanchonete, confortáveis poltronas, revistas e jornais.
"O objetivo é que o médico
recarregue suas energias para o
melhor atendimento ao paciente", afirma Luiz Carlos
Lazarini, diretor-executivo do
grupo Inal, dono do hospital
Villa Lobos.
Além do conforto, o São Luiz
pretende investir também na
educação continuada dos médicos. A sua nova unidade na
zona leste conta com um anfiteatro destinado a cursos.
"Não há um espaço dessa natureza na região. Qualquer curso que eles queiram fazer, precisam se deslocar para outras
regiões da cidade", afirma Rui
Beviláqua, diretor-clínico do
São Luiz.
Nos últimos três meses, médicos do São Luiz visitaram ao
menos 800 colegas da região,
cadastrando-os e convidando-os para a conhecer a unidade.
Todos foram convidados para o
coquetel de inauguração que o
grupo oferecerá amanhã.
Para o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo,
Cid Carvalhaes, não é surpresa
os investimentos da saúde privada na zona leste. "Os empresários estão onde existem grandes condomínios capazes de
absorver serviços."
Com mais hospitais na zona
leste, ele prevê que a oferta de
serviços será diluída, diminuindo o número de atendimentos
nas zonas sul e oeste.
Ele vê com pessimismo essa
expansão de serviços hospitalares. "O empresariado da saúde
agencia a doença e não persegue a saúde. A doença é lucro, a
saúde é prejuízo."
Em relação à saúde pública,
Carvalhaes diz que o problema
maior não é quantidade de leitos na região, mas a estrutura
da saúde. "As unidades básicas
não têm poder de solução."
(CC)
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