São Paulo, segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Texto Anterior | Índice

Médicos da zona leste serão beneficiados

DA REPORTAGEM LOCAL

Os novos hospitais da zona leste funcionam com o corpo clínico aberto, ou seja, os médicos não são contratados. A ocupação dos leitos dependerá de os profissionais encaminharem seus pacientes aos hospitais.
Por isso, agrados é que não faltam a esses profissionais. Tanto o São Luiz como o Villa Lobos possuem áreas vips destinadas ao conforto do médico.
No Villa Lobos, por exemplo, esse espaço de convivência tem computadores, TV de plasma, lanchonete, confortáveis poltronas, revistas e jornais.
"O objetivo é que o médico recarregue suas energias para o melhor atendimento ao paciente", afirma Luiz Carlos Lazarini, diretor-executivo do grupo Inal, dono do hospital Villa Lobos.
Além do conforto, o São Luiz pretende investir também na educação continuada dos médicos. A sua nova unidade na zona leste conta com um anfiteatro destinado a cursos.
"Não há um espaço dessa natureza na região. Qualquer curso que eles queiram fazer, precisam se deslocar para outras regiões da cidade", afirma Rui Beviláqua, diretor-clínico do São Luiz.
Nos últimos três meses, médicos do São Luiz visitaram ao menos 800 colegas da região, cadastrando-os e convidando-os para a conhecer a unidade. Todos foram convidados para o coquetel de inauguração que o grupo oferecerá amanhã.
Para o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Cid Carvalhaes, não é surpresa os investimentos da saúde privada na zona leste. "Os empresários estão onde existem grandes condomínios capazes de absorver serviços."
Com mais hospitais na zona leste, ele prevê que a oferta de serviços será diluída, diminuindo o número de atendimentos nas zonas sul e oeste.
Ele vê com pessimismo essa expansão de serviços hospitalares. "O empresariado da saúde agencia a doença e não persegue a saúde. A doença é lucro, a saúde é prejuízo."
Em relação à saúde pública, Carvalhaes diz que o problema maior não é quantidade de leitos na região, mas a estrutura da saúde. "As unidades básicas não têm poder de solução." (CC)


Texto Anterior: Desigualdade e contrastes são marcas da região
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.