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Polícia não tem registro de caso semelhante
DA REDAÇÃO
A polícia paulista acredita que é
inédita a circunstância do caso registrado em Campinas. Oficialmente, os delegados que comandam as investigações sobre sequestros não têm registros de que
alguma outra vítima tenha sido
levada à porta de casa e assassinada pelos sequestradores.
No ano passado, não houve
também mortes de reféns em cativeiro, segundo a polícia paulista.
Sobre os anos anteriores, não há
dados estatísticos disponíveis em
São Paulo, mas registros em jornais mostram que na última década vários deles aconteceram nesse
e em outros Estados. Sempre longe dos olhos dos familiares, segundo as informações relatadas.
Em geral, os corpos foram localizados em rondas da polícia ou a
partir de informações dos sequestradores, quando presos.
Um dos mais conhecidos desses
crimes foi de Ives Ota, 8. Ele foi sequestrado e morto em 29 de agosto de 1997. Seu corpo foi encontrado enterrado em um quarto na
casa do motoboy Adelino Donizete Esteves. Um dos participantes do crime foi o PM Paulo de
Tarso Dantas, que trabalhava como segurança nas lojas do pai de
Ives, Massataka Ota.
Outro caso de ação violenta de
sequestradores foi registrado em
julho de 1998. O comerciante
Márcio Ribeiro Benini, 26, e a recepcionista Fabiana Radis Benedito, 19, foram encontrados mortos na serra da Cantareira (SP).
Eles foram levados por dois homens enquanto conversavam
dentro do carro de Benini. Os sequestradores não fizeram contato
com as famílias. Benini foi assassinado com sete tiros -três no peito, um no rosto, dois no pescoço e
um na perna esquerda.
Em 1996, no Paraná, o estudante
Cleudisson Bernardi, 14, foi morto por um empregado de seu pai,
dono de um restaurante, em Sarandi (413 km de Curitiba).
O garçom e ex-seminarista Jamir Valentim Vieira confessou o
sequestro e o assassinato e disse
ter pedido resgate de R$ 120 mil,
após ter matado o garoto.
No Estado do Rio, o último caso
de assassinato de um sequestrado
foi registrado em 1999 pela Divisão Anti-Sequestros da Polícia Civil. A vítima foi o estudante de direito Rodrigo Acri, 19, filho do
empresário Rodolfo Acri, dono
do teleférico do município de Nova Friburgo (a 150 km do Rio).
Acri foi morto em 29 de setembro. Ele estava sequestrado desde
junho. Os sequestradores o mataram mesmo tendo a família pago
o resgate de R$ 56 mil.
Dois anos antes, foi assassinado
em cativeiro o secretário de Turismo de Teresópolis (a 90 km do
Rio), Jeferson Cavalcanti Tricano,
19, filho do prefeito da cidade,
Mário Tricano. O sequestrador e
assassino foi o capitão Thadeu
Fraga, da PM, preso e condenado.
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