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Laudo sobre cratera do metrô sai em agosto
Causas do acidente, que faz um ano amanhã, ainda são desconhecidas; 7 pessoas morreram na tragédia
DA REPORTAGEM LOCAL
O que provocou o acidente
que matou sete pessoas nas
obras da linha 4 do metrô em
Pinheiros, na zona oeste, em 12
de janeiro do ano passado?
A resposta é prometida para
agosto deste ano, quando fica
pronto o laudo do IC (Instituto
de Criminalística). Não há, porém, certeza em relação a isso,
já que o mesmo laudo foi anunciado para agosto de 2007.
O primeiro ano depois do acidente também não foi suficiente, segundo o Ministério Público Estadual, para que o Consórcio Via Amarela comprovasse
ter, na época da tragédia, um
plano de emergência para proteger pessoas alheias à obra.
Dos sete mortos, seis passavam próximo ao canteiro de
obras. A outra vítima era funcionário do consórcio na obra.
Para a Promotoria, o acionamento de um plano poderia ter
reduzido o número de vítimas.
"Até o presente momento eu
diria que isso falta. Se isso, efetivamente, se revelar até o final
das investigações, nós estamos
diante de uma postura que é, no
mínimo, descuidada, que pode
transbordar para negligência",
afirmou o promotor Arnaldo
Hossepian Junior.
Mesmo se tivesse o laudo, polícia e Promotoria ainda precisariam de mais tempo -até
agora, não definiram as atribuições de cada responsável.
O Metrô e o consórcio informaram que havia um plano de
emergência por ser uma das
exigências do contrato assinado em outubro de 2002.
Ambos alegam, inclusive, que
ele já foi acionado em duas
oportunidades, em 2005 e
2006, com a remoção de famílias por problemas na obra.
O Metrô, porém, afirmou, em
nota, que "não pretende emitir
juízo de valor se as normas [do
plano de emergência] foram
efetivamente observadas no
momento do acidente" de Pinheiros, por ser "um dos temas
que são objeto da investigação".
O consórcio diz, desde o acidente, que tem o plano, mas
que não o pôs totalmente em
ação porque não houve tempo.
Para a Promotoria, o consórcio teve pelo menos cinco minutos para acionar o plano e interditar a rua. O Via Amarela
alega desconhecer experiência
bem-sucedida em casos similares, particularmente quando o
tempo entre a constatação e a
declaração de emergência for
inferior a 30 minutos.
(ROGÉRIO PAGNAN E ALENCAR IZIDORO)
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