São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

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Polícia divulga foto de 3º acusado no caso Masp

Moisés Lima Sobrinho, 25, teve a prisão decretada pela Justiça por furto de quadros; ele está foragido

DA REPORTAGEM LOCAL

A Justiça determinou a prisão temporária, por cinco dias, de Moisés Manuel de Lima Sobrinho, 25, acusado de ser um dos três ladrões que furtaram os quadros de Pablo Picasso e Candido Portinari do Masp (Museu de Arte de São Paulo), no dia 20 de dezembro. Lima Sobrinho, que teve sua foto divulgada ontem, está foragido.
A polícia também identificou um homem que seria o intermediário entre o grupo que realizou o furto e os possíveis compradores das duas obras. O nome não foi divulgado.
Os policiais tentam localizar o intermediário, que seria um empresário, mas ainda não há pedido de prisão.
Dois outros acusados -Francisco Laerton Lopes de Lima, 33, e Robson Jesus Jordão, 32- já estão presos. Lima Sobrinho foi o último a ser identificado pela polícia paulista.
Segundo o delegado Adilson Marcondes, da 3ª Delegacia de Patrimônio do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), da Polícia Civil, Lima Sobrinho já teria saído do Estado de São Paulo.
Ele não tem antecedentes criminais, ao contrário dos outros dois presos. Francisco Lima e Robson Jordão foram condenados por roubo de carro. Eles atuavam na zona leste de São Paulo.
Os dois não passaram das primeiras séries do ensino fundamental e não têm nenhuma noção de arte.
Segundo o delegado, Lima Sobrinho também está nesse perfil. "Ele não tem nenhum conhecimento de arte, como os outros", disse Marcondes.
Lima Sobrinho também morava na capital paulista. De acordo com o delegado, ele participou do furto, mas não chefiava o grupo.
A ação que terminou no furto das duas pinturas teria sido chefiada por Jordão, que fugiu do regime semi-aberto de uma penitenciária de Valparaíso (interior de SP).
Ele e Lima admitiram participação em tentativas de furto e roubo anteriores ao Masp, mas negaram envolvimento na captura das obras. Jordão disse que apenas guardava as obras, que foram encontradas em uma casa simples na periferia de Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo).
Segundo vizinhos, um homem que pode ser o intermediário freqüentava a casa. Ele sempre chegava em carros importados, o que despertava a atenção dos moradores.
A polícia também diz que está investigando se os proprietários do imóvel sabiam que o local era usado como esconderijo dos dois quadros.


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