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Polícia divulga foto de 3º acusado no caso Masp
Moisés Lima Sobrinho, 25, teve a prisão decretada pela Justiça por furto de quadros; ele está foragido
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça determinou a prisão temporária, por cinco dias,
de Moisés Manuel de Lima Sobrinho, 25, acusado de ser um
dos três ladrões que furtaram
os quadros de Pablo Picasso e
Candido Portinari do Masp
(Museu de Arte de São Paulo),
no dia 20 de dezembro. Lima
Sobrinho, que teve sua foto divulgada ontem, está foragido.
A polícia também identificou
um homem que seria o intermediário entre o grupo que realizou o furto e os possíveis compradores das duas obras. O nome não foi divulgado.
Os policiais tentam localizar
o intermediário, que seria um
empresário, mas ainda não há
pedido de prisão.
Dois outros acusados -Francisco Laerton Lopes de Lima,
33, e Robson Jesus Jordão, 32-
já estão presos. Lima Sobrinho
foi o último a ser identificado
pela polícia paulista.
Segundo o delegado Adilson
Marcondes, da 3ª Delegacia de
Patrimônio do Deic (Departamento de Investigações sobre o
Crime Organizado), da Polícia
Civil, Lima Sobrinho já teria
saído do Estado de São Paulo.
Ele não tem antecedentes
criminais, ao contrário dos outros dois presos. Francisco Lima e Robson Jordão foram
condenados por roubo de carro. Eles atuavam na zona leste
de São Paulo.
Os dois não passaram das
primeiras séries do ensino fundamental e não têm nenhuma
noção de arte.
Segundo o delegado, Lima
Sobrinho também está nesse
perfil. "Ele não tem nenhum
conhecimento de arte, como os
outros", disse Marcondes.
Lima Sobrinho também morava na capital paulista. De
acordo com o delegado, ele participou do furto, mas não chefiava o grupo.
A ação que terminou no furto
das duas pinturas teria sido
chefiada por Jordão, que fugiu
do regime semi-aberto de uma
penitenciária de Valparaíso
(interior de SP).
Ele e Lima admitiram participação em tentativas de furto e
roubo anteriores ao Masp, mas
negaram envolvimento na captura das obras. Jordão disse
que apenas guardava as obras,
que foram encontradas em
uma casa simples na periferia
de Ferraz de Vasconcelos
(Grande São Paulo).
Segundo vizinhos, um homem que pode ser o intermediário freqüentava a casa. Ele
sempre chegava em carros importados, o que despertava a
atenção dos moradores.
A polícia também diz que está investigando se os proprietários do imóvel sabiam que o local era usado como esconderijo
dos dois quadros.
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