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COTIDIANO
Detetive é condenado a 14 anos por morte de modelo em Minas
DA AGÊNCIA FOLHA
O detetive particular Reinaldo Pacífico de Oliveira Filho, 41, foi condenado a 14
anos de prisão pelo assassinato da modelo Cristiana
Aparecida Ferreira, 24, encontrada morta em um flat
de luxo em Belo Horizonte,
em agosto de 2000.
A condenação, por homicídio duplamente qualificado
(motivo torpe e meio cruel
empregado), ainda permite
recurso. Ele poderá aguardar
em liberdade. Seu advogado,
Zanone Manuel de Oliveira
Júnior, disse que seu cliente
é inocente. "Vamos impetrar
o recurso de apelação, que é o
cabível contra as decisões
absolutórias e condenatórias
do Tribunal do Povo."
O julgamento durou 13 horas e só acabou na madrugada de ontem. Cerca de 300
pessoas o acompanharam.
O caso, que envolveu reabertura de inquérito dois
anos após o crime e duas
exumações do corpo, foi cercado de polêmicas. Figuras
do alto escalão da política
mineira, listadas numa agenda da modelo, chegaram a ser
citadas no inquérito policial.
Entre elas estavam o ex-governador Newton Cardoso
e o ex-ministro Walfrido dos
Mares Guia. Ambos foram
convocados como testemunhas da acusação. Mares
Guia não compareceu.
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