São Paulo, domingo, 11 de fevereiro de 2001

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DESASTRE

Foto tirada por universitária em Mangaratiba mostra o instante em que a aeronave do músico caiu no mar

"Herbert entrou voando na água", afirma especialista

DA SUCURSAL DO RIO

Uma foto tirada pela universitária Monique Gonçalves em Mangaratiba, a 60 km do Rio de Janeiro, mostra o momento da queda do ultraleve do líder da banda Paralamas do Sucesso, Herbert Vianna, 39, no dia 4.
Na foto, é possível ver o bico vermelho do ultraleve e a parte branca da fuselagem antes do choque com o mar. O acidente deixou Vianna ferido em estado grave e matou sua mulher, Lucy.
Para o sócio-fundador do Clube Esportivo de Ultraleve, Sérgio Pedra, a imagem comprovaria que Vianna "perdeu a noção de profundidade e entrou voando dentro d'água".
Segundo Pedra, pela posição do ultraleve no momento da foto, o músico custou muito a desfazer a manobra para dar um rasante na água. "Ele devia estar imaginando que estava a 50 metros da água, quando, na verdade, talvez estivesse a apenas 20 metros." Para ele, o tempo nublado e a água espelhada devem ter contribuído para que Vianna perdesse a noção de profundidade.
O presidente do Clube Esportivo Ultraleve, César Nepomuceno, também acredita que Vianna teve um "prejuízo na avaliação da altitude". Para ele, a foto parece indicar que Vianna fez uma curva e perdeu o controle do ultraleve.
A universitária Monique Gonçalves, que mora em Brasília e estava hospedada no hotel Portobello, em Mangaratiba, só percebeu que havia fotografado o ultraleve quando revelou o filme.
O líder dos Paralamas do Sucesso foi submetido ontem a nova tomografia computadorizada de crânio e tórax. De acordo com boletim médico divulgado no final da manhã, as lesões cerebrais permanecem inalteradas e os pulmões apresentaram melhora.
Os médicos que atendem Vianna consideraram positivo o resultado da tomografia e iniciaram a diminuição das doses de sedativos ministradas ao músico. Com a redução, será possível verificar se houve sequelas.
Vianna está internado desde o dia 4 em coma profundo no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) do hospital Copa D'Or, em Copacabana. De acordo com Alfredo Cardoso, diretor do hospital, o paciente permanece clinicamente estável, ainda em estado grave e com risco de morte.


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