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DESASTRE
Foto tirada por universitária em Mangaratiba mostra o instante em que a aeronave do músico caiu no mar
"Herbert entrou voando na água", afirma especialista
DA SUCURSAL DO RIO
Uma foto tirada pela universitária Monique Gonçalves em Mangaratiba, a 60 km do Rio de Janeiro, mostra o momento da queda
do ultraleve do líder da banda Paralamas do Sucesso, Herbert
Vianna, 39, no dia 4.
Na foto, é possível ver o bico
vermelho do ultraleve e a parte
branca da fuselagem antes do
choque com o mar. O acidente
deixou Vianna ferido em estado
grave e matou sua mulher, Lucy.
Para o sócio-fundador do Clube
Esportivo de Ultraleve, Sérgio Pedra, a imagem comprovaria que
Vianna "perdeu a noção de profundidade e entrou voando dentro d'água".
Segundo Pedra, pela posição do
ultraleve no momento da foto, o
músico custou muito a desfazer a
manobra para dar um rasante na
água. "Ele devia estar imaginando
que estava a 50 metros da água,
quando, na verdade, talvez estivesse a apenas 20 metros." Para
ele, o tempo nublado e a água espelhada devem ter contribuído
para que Vianna perdesse a noção
de profundidade.
O presidente do Clube Esportivo Ultraleve, César Nepomuceno,
também acredita que Vianna teve
um "prejuízo na avaliação da altitude". Para ele, a foto parece indicar que Vianna fez uma curva e
perdeu o controle do ultraleve.
A universitária Monique Gonçalves, que mora em Brasília e estava hospedada no hotel Portobello, em Mangaratiba, só percebeu
que havia fotografado o ultraleve
quando revelou o filme.
O líder dos Paralamas do Sucesso foi submetido ontem a nova tomografia computadorizada de
crânio e tórax. De acordo com boletim médico divulgado no final
da manhã, as lesões cerebrais permanecem inalteradas e os pulmões apresentaram melhora.
Os médicos que atendem Vianna consideraram positivo o resultado da tomografia e iniciaram a
diminuição das doses de sedativos ministradas ao músico. Com
a redução, será possível verificar
se houve sequelas.
Vianna está internado desde o
dia 4 em coma profundo no CTI
(Centro de Tratamento Intensivo) do hospital Copa D'Or, em
Copacabana. De acordo com Alfredo Cardoso, diretor do hospital, o paciente permanece clinicamente estável, ainda em estado
grave e com risco de morte.
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