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São Paulo, terça-feira, 11 de fevereiro de 2003

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"Estou com fome e muita saudade"

FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM ARAÇATUBA
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de 155 dias em cativeiro, o fazendeiro João Bertin fez um pedido simples ao chegar em casa ontem. "Quero é almoçar com meus familiares. Estou com fome e muita saudade deles", afirmou.
Bertin estava abatido e cansado. Ele caminhara de duas a três horas na madrugada em uma estrada de Assis, onde foi solto pelos sequestradores.
O fazendeiro falou pouco durante entrevista à imprensa, realizada em uma das fazendas da família. Bertin disse que atendia a pedido da polícia. Evitou fazer comentários sobre o sequestro e o cativeiro. Disse que estava "contente e aliviado" e "mais ou menos" de saúde.
À polícia, Bertin declarou que manteve contato somente com dois sequestradores, que usavam máscaras, mas não o agrediram. Bertin também disse que permaneceu o tempo todo em um quarto pequeno, tapado com lonas.
Por um buraco da janela, viu que a casa estava no meio do mato. O cativeiro seria em Quatá (486 km de São Paulo), próximo de Assis.
No quarto da casa só entravam os dois sequestradores para entregar água e comida.
Segundo a polícia, o empresário era alimentado três vezes por dia e recebia os remédios para controle da pressão arterial, já que sofre de hipertensão.
De acordo com o delegado Marcos Buarraj Mourão, da Delegacia Seccional de Lins, responsável pelo inquérito, a polícia deverá ouvir o fazendeiro amanhã.


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