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Vítima não era protegida por seguranças
DA REPORTAGEM LOCAL
Todo domingo era igual. João
Bertin chegava ao amanhecer à fazenda Santa Adélia, no município
de Sabino. Sempre sem seguranças, era o próprio Bertin que dirigia sua caminhonete F-250 para
buscar leite e distribuí-lo de graça
a amigos e pessoas carentes.
Foi assim no dia 8 de setembro
de 2002. Uma rotina que facilitou
a ação dos sequestradores. Bertin
mantinha hábitos simples, apesar
do crescimento do grupo empresarial da família.
Há um ano, ele chegou a ser
alertado pela polícia da fragilidade de sua segurança, mas não ligou. "Eu o avisei sobre isso, mas
ele não deu bola", disse o delegado seccional de Lins, Orlando
Pandolfi Filho.
Ele é o patriarca da família, mas
não participa dos negócios. O
grupo empresarial Bertin Ltda. foi
criado pelo seu filho Henrique
Bertin, que morreu em um acidente de avião em 1981.
A família tem um dos maiores
abatedouros de carne bovina do
Brasil. O grupo também é um dos
maiores exportadores brasileiros,
ocupando o 24º lugar no levantamento do Ministério do Desenvolvimento. A empresa exportou,
de janeiro a novembro do ano
passado, cerca de US$ 320 milhões, em carnes industrializadas
e produtos de couro.
A empresa possui 20 unidades
industriais e fazendas, espalhadas
pelos Estados de São Paulo, Minas
Gerais, Goiás e Mato Grosso do
Sul, empregando mais de 8.000
funcionários. O grupo exporta
para os países da Europa, Estados
Unidos e Oriente Médio.
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