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São Paulo, terça-feira, 11 de fevereiro de 2003

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Vítima não era protegida por seguranças

DA REPORTAGEM LOCAL

Todo domingo era igual. João Bertin chegava ao amanhecer à fazenda Santa Adélia, no município de Sabino. Sempre sem seguranças, era o próprio Bertin que dirigia sua caminhonete F-250 para buscar leite e distribuí-lo de graça a amigos e pessoas carentes.
Foi assim no dia 8 de setembro de 2002. Uma rotina que facilitou a ação dos sequestradores. Bertin mantinha hábitos simples, apesar do crescimento do grupo empresarial da família.
Há um ano, ele chegou a ser alertado pela polícia da fragilidade de sua segurança, mas não ligou. "Eu o avisei sobre isso, mas ele não deu bola", disse o delegado seccional de Lins, Orlando Pandolfi Filho.
Ele é o patriarca da família, mas não participa dos negócios. O grupo empresarial Bertin Ltda. foi criado pelo seu filho Henrique Bertin, que morreu em um acidente de avião em 1981.
A família tem um dos maiores abatedouros de carne bovina do Brasil. O grupo também é um dos maiores exportadores brasileiros, ocupando o 24º lugar no levantamento do Ministério do Desenvolvimento. A empresa exportou, de janeiro a novembro do ano passado, cerca de US$ 320 milhões, em carnes industrializadas e produtos de couro.
A empresa possui 20 unidades industriais e fazendas, espalhadas pelos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, empregando mais de 8.000 funcionários. O grupo exporta para os países da Europa, Estados Unidos e Oriente Médio.


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