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Comportamento favorece o diabetes
DA REPORTAGEM LOCAL
A estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que o
Brasil possua 5 milhões de portadores de diabetes do tipo 1 ou 2. O
do tipo 1 é hereditário, dependente de insulina e não pode ser evitado. O do tipo 2, que acomete principalmente pessoas acima de 40
anos, é resultado, em boa parte,
da má alimentação somada a nenhuma atividade física.
Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes,
Adriana Forti, os fatores ambientais são muito importantes para o
aparecimento do diabetes do tipo
2. "O estilo de vida é responsável
pela quase totalidade dos casos
desse tipo de diabetes."
A pessoa pode ter a suscetibilidade genética para a doença, mas
a obesidade, o sedentarismo e
uma alimentação com excesso de
gordura, açúcar e álcool fazem o
problema vir à tona. "O lado bom
é que evitar essas condições pode
evitar a doença", diz.
A médica ressalta, no entanto,
um dado preocupante: por causa
do fast-food e da vida sedentária
em frente à TV, o diabetes do tipo
2 está crescendo entre crianças e
adolescentes obesos.
"Quanto mais se investir em
melhorar os hábitos dessa população, melhor. Eles estão muito
mais abertos a mudar seus comportamentos do que os adultos,
que já têm hábitos cristalizados",
afirma Adriana.
Campanha
Uma das maiores preocupações
relacionadas ao diabetes é que a
maioria dos pacientes desconhece o problema. De acordo com o
Ministério da Saúde, em 50% dos
casos as pessoas não sabem que
são portadoras da doença.
É um dado tão sério que o ministério lançou campanha nacional de informação e identificação
de portadores de diabetes. O objetivo é evitar as complicações do
mal, como cegueira, impotência e
doenças cardiovasculares. Em
1999, o Sistema Único de Saúde
gastou mais de R$ 33 milhões
com internações decorrentes do
diabetes não-controlado.
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