São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2008

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Corpo é encontrado a 10 km de local do naufrágio no Pantanal

RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM POCONÉ (MT)

MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA

O corpo de uma das vítimas do naufrágio ocorrido na madrugada de domingo, no Pantanal, foi encontrado ontem pela manhã às margens do rio Cuiabá, a 10 km do local do acidente, numa fazenda de Poconé (104 km de Cuiabá).
Foi o primeiro resgate efetuado. Ainda há oito pessoas desaparecidas. Segundo a Polícia Civil, o corpo encontrado é do empresário de Cuiabá (MT) Luiz Sérgio Scaderlai, 49.
A Capitania dos Portos acredita que os demais desaparecidos estejam presos em cabines da embarcação, uma chalana que levava 22 pessoas para uma pescaria no fim de semana. Treze pessoas sobreviveram.
Dos passageiros, 12 eram turistas associados da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) de Cuiabá, que organizavam anualmente viagens para a região. O acidente aconteceu numa curva do rio Cuiabá -cuja largura chega a 150 metros.
O corpo do empresário chegou a Porto Cercado (distrito de Poconé) por volta das 15h30. Um carro do IML (Instituto Médico Legal) levou o corpo para a capital.
Segundo a Capitania dos Portos, a busca pelos demais desaparecidos, iniciada no domingo pela manhã, era complicada em razão da forte correnteza e das águas turvas. Ela foi interrompida no final da tarde e deve ser retomada hoje de manhã.
De acordo com o governo do Estado, os trabalhos de busca contaram com 15 mergulhadores do Corpo de Bombeiros e 29 homens da Marinha, seis da Capitania baseada em Ladário (MS) e 19 tripulantes de uma lancha que estava em operação na região do acidente.
Dois técnicos de uma empresa de Corumbá também foram ontem ao local. Eles avaliam a possibilidade de a chalana ser içada com a ajuda de um barco grua. A prioridade, porém, é retirar os corpos que podem estar presos na embarcação.
O capitão Ângelo César Maranho, da Capitania dos Portos de Ladário (MS), diz que a demora preocupa, já que o navio pode ser encoberto por sedimentos do fundo do rio.
As causas do acidente estão sendo investigadas pela Marinha, pelo Ministério Público de Mato Grosso e pela Polícia Civil, que abriu inquérito para investigar se houve imperícia, negligência e imprudência.
A Folha tentou localizar o proprietário do barco em sua empresa, mas funcionários disseram que ele acompanhava as ações de resgate e que não daria entrevistas.


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