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Corpo é encontrado a 10 km de local do naufrágio no Pantanal
RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM POCONÉ (MT)
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
O corpo de uma das vítimas
do naufrágio ocorrido na madrugada de domingo, no Pantanal, foi encontrado ontem pela
manhã às margens do rio Cuiabá, a 10 km do local do acidente,
numa fazenda de Poconé (104
km de Cuiabá).
Foi o primeiro resgate efetuado. Ainda há oito pessoas
desaparecidas. Segundo a Polícia Civil, o corpo encontrado é
do empresário de Cuiabá (MT)
Luiz Sérgio Scaderlai, 49.
A Capitania dos Portos acredita que os demais desaparecidos estejam presos em cabines
da embarcação, uma chalana
que levava 22 pessoas para uma
pescaria no fim de semana.
Treze pessoas sobreviveram.
Dos passageiros, 12 eram turistas associados da AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) de Cuiabá, que organizavam anualmente viagens para a
região. O acidente aconteceu
numa curva do rio Cuiabá -cuja largura chega a 150 metros.
O corpo do empresário chegou a Porto Cercado (distrito
de Poconé) por volta das 15h30.
Um carro do IML (Instituto
Médico Legal) levou o corpo
para a capital.
Segundo a Capitania dos Portos, a busca pelos demais desaparecidos, iniciada no domingo
pela manhã, era complicada em
razão da forte correnteza e das
águas turvas. Ela foi interrompida no final da tarde e deve ser
retomada hoje de manhã.
De acordo com o governo do
Estado, os trabalhos de busca
contaram com 15 mergulhadores do Corpo de Bombeiros e 29
homens da Marinha, seis da
Capitania baseada em Ladário
(MS) e 19 tripulantes de uma
lancha que estava em operação
na região do acidente.
Dois técnicos de uma empresa de Corumbá também foram
ontem ao local. Eles avaliam a
possibilidade de a chalana ser
içada com a ajuda de um barco
grua. A prioridade, porém, é retirar os corpos que podem estar
presos na embarcação.
O capitão Ângelo César Maranho, da Capitania dos Portos
de Ladário (MS), diz que a demora preocupa, já que o navio
pode ser encoberto por sedimentos do fundo do rio.
As causas do acidente estão
sendo investigadas pela Marinha, pelo Ministério Público de
Mato Grosso e pela Polícia Civil, que abriu inquérito para investigar se houve imperícia, negligência e imprudência.
A Folha tentou localizar o
proprietário do barco em sua
empresa, mas funcionários disseram que ele acompanhava as
ações de resgate e que não daria entrevistas.
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