São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Confronto na Rocinha mata um PM e atrasa início de obra do PAC

Policial foi baleado e atingido por estilhaços de granada; instalação do canteiro de obra foi interrompida de manhã

De acordo com a empresa responsável pelas construções, cronograma não foi afetado; trabalho foi retomado durante a tarde

MÁRCIA BRASIL
DA SUCURSAL DO RIO

No primeiro dia das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nas favelas do Rio, um policial militar morreu durante confronto na favela da Rocinha, zona sul, na manhã de ontem. Ele foi baleado e atingido por estilhaços de uma das granadas arremessadas por criminosos que integram a quadrilha de traficantes local.
Parte dos estilhaços alcançou uma casa e provocou um incêndio. A troca de tiros assustou os funcionários da Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado) que começavam a montar um dos canteiros de obras na favela. Mesmo distantes cerca de um quilômetro do local, se surpreenderam com o barulho dos disparos e de explosões de granadas. Eles voltaram a trabalhar à tarde, por volta das 13h.
Segundo o comandante do batalhão do Leblon, coronel Carlos Milan, a unidade recebeu uma denúncia sobre uma casa que abrigava um grupo de traficantes que portava armas de guerra. A equipe responsável pelo patrulhamento no local foi confirmar a informação e um intenso tiroteio foi iniciado, de acordo com a polícia.
O sargento João Luiz Nunes Rafero, 41, foi atingido por estilhaços de uma das granadas lançadas contra os PMs. Levado para o hospital, o militar não resistiu ao ferimentos.
Em seguida, homens do Corpo de Bombeiros chegaram até o local do confronto para controlar o incêndio em uma casa, também provocado pela explosão da granada.
A casa estava vazia, mas, de acordo com a PM, no térreo, moram um casal e o filho de 13 anos. Já no segundo piso, vive mais um casal com um bebê. Em outra casa, a PM encontrou uma metralhadora, duas granadas e uma pequena quantidade de drogas.
Segundo o diretor de obras da Emop, José Carlos Pinto, o caso não mudará o cronograma de instalação do canteiro de obras. O policiamento na Rocinha só foi reforçado na parte da tarde.
Já no conjunto de favelas do Alemão e de Manguinhos, zona norte, o primeiro dia das obras do PAC transcorreu normalmente. Em Manguinhos, o canteiro está sendo montado no 1º DSup (Departamento de Suprimentos do Exército), na avenida Dom Helder Câmara. O Exército ficará encarregado da proteção do local.


Texto Anterior: Agressão: Estudante é acusada de pôr fogo em colega
Próximo Texto: Urbanismo: Com imagens de satélite, SP mapeia favelas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.