São Paulo, terça-feira, 11 de abril de 2006

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Criminalistas questionam prisão de Suzane

DA REPORTAGEM LOCAL

Para quatro advogados criminalistas e especialistas em processo penal ouvidos pela Folha, o motivo para a nova prisão de Suzane von Richthofen -a suposta ameaça à vida de seu irmão, Andreas- não se sustenta.
"Tudo indica que [o motivo da prisão] não tem base concreta com a realidade", afirma o criminalista Luiz Fernando Pacheco, ex-sócio do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça). "Me parece meio forçado ter ocorrido por conta das notícias do final de semana. Não vejo como ela poderia atentar contra a vida do irmão."
De acordo com o advogado Fernando Castelo Branco, "o Ministério Público, infelizmente, está sendo oportunista. E, pelo que tudo indica, se valeu, deturpando, de uma relação natural entre dois irmãos".
Castelo Branco afirmou que, nesse caso, seria essencial ouvir Andreas para deixar claro se ele realmente se sente ameaçado por Suzane. ""Foi uma decisão absolutamente exagerada."
O advogado Jair Jaloreto Jr. disse que a ameaça deveria estar muito bem detalhada pela Promotoria. "Seria necessária uma demonstração cabal. Ainda existe a presunção da inocência. O motivo é legítimo, mas não se sustenta. Isso [ameaça] é algo que não pode ser somente pressuposto."
Outro advogado, que pediu para não ter o nome revelado, afirmou que a ameaça deve ser demonstrada "de maneira criteriosa". "Não pode ser algo genérico. Tem de ser contundente."


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