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Criminalistas questionam prisão de Suzane
DA REPORTAGEM LOCAL
Para quatro advogados
criminalistas e especialistas
em processo penal ouvidos
pela Folha, o motivo para a
nova prisão de Suzane von
Richthofen -a suposta
ameaça à vida de seu irmão,
Andreas- não se sustenta.
"Tudo indica que [o motivo da prisão] não tem base
concreta com a realidade",
afirma o criminalista Luiz
Fernando Pacheco, ex-sócio
do ministro Márcio Thomaz
Bastos (Justiça). "Me parece
meio forçado ter ocorrido
por conta das notícias do final de semana. Não vejo como ela poderia atentar contra a vida do irmão."
De acordo com o advogado Fernando Castelo Branco, "o Ministério Público, infelizmente, está sendo oportunista. E, pelo que tudo indica, se valeu, deturpando,
de uma relação natural entre
dois irmãos".
Castelo Branco afirmou
que, nesse caso, seria essencial ouvir Andreas para deixar claro se ele realmente se
sente ameaçado por Suzane.
""Foi uma decisão absolutamente exagerada."
O advogado Jair Jaloreto
Jr. disse que a ameaça deveria estar muito bem detalhada pela Promotoria. "Seria
necessária uma demonstração cabal. Ainda existe a presunção da inocência. O motivo é legítimo, mas não se
sustenta. Isso [ameaça] é algo que não pode ser somente pressuposto."
Outro advogado, que pediu para não ter o nome revelado, afirmou que a ameaça deve ser demonstrada "de
maneira criteriosa". "Não
pode ser algo genérico. Tem
de ser contundente."
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