ADRIANA CHAVES
DA AGÊNCIA FOLHA

Doze pessoas foram presas anteontem pela Polícia Federal do Maranhão sob acusação de envolvimento em uma fraude no vestibular da UFMA (Universidade Federal do Maranhão). Três pessoas que tiveram a prisão preventiva autorizada pela Justiça Federal do Estado seguem foragidas.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, a quadrilha tem sete integrantes, quatro deles detidos. Os outros oito presos são candidatos a vagas dos cursos de direito, medicina, odontologia e enfermagem, que pagariam de R$ 30 mil a R$ 70 mil pelos gabaritos.
Os acusados foram levados ao quartel da PM, de onde só sairão quando vencer os cinco dias de prisão preventiva.
A polícia investiga se eles quitaram parte do pagamento ao bando, suspeito de fraudar também concursos públicos no Estado.
No caso da UFMA, a investigação começou na primeira fase do vestibular, em 16 de março, que selecionou 4.878 dos 13.345 concorrentes para a segunda etapa.
O esquema, segundo a PF, tinha a participação de um aluno de enfermagem da universidade, que atendia vestibulandos que passassem mal. Integrantes da quadrilha inscritos no vestibular, chamados "pilotos", faziam a prova rapidamente, pediam atendimento médico e passavam o gabarito.
Os concorrentes que haviam fechado acordo para receber as respostas também simulavam algum mal-estar para serem atendidos.
A polícia afirmou que não houve envolvimento de funcionários da UFMA na fraude, e a universidade investigará como o estudante de enfermagem conseguiu fazer os atendimentos.
A universidade discutia na tarde de ontem a possibilidade de anular a prova. Até a conclusão desta edição, não havia sido decidido.


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