São Paulo, quarta-feira, 11 de abril de 2007

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Sem-teto invadem mais um prédio na região central de SP

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Um grupo de cerca de 200 sem-teto, incluindo crianças, idosos e deficientes físicos, invadiu ontem à noite um prédio na rua João Guimarães Rosa, perto da praça Roosevelt -onde há uma base da Polícia Militar-, no centro de São Paulo.
Outros grupos planejavam promover mais invasões na madrugada de hoje em toda a cidade. A polícia conseguiu impedir que um deles, com cerca de 300 pessoas, invadisse um terreno do INSS na rua Rangel Pestana. A idéia era que a ocupação fosse simultânea à da João Guimarães Rosa.
A primeira invasão foi às 23h40. Com marretas, os invasores tentavam arrombar a entrada do edifício, que, segundo os sem-teto, pertenceria ao BNH e estaria fechado há 20 anos. Um segurança do prédio acabou abrindo a porta e, com medo, deixou o local.
Os invasores ficaram no hall. Nas janelas, hastearam bandeiras do movimento e do Brasil.
A polícia chegou dez minutos depois da invasão. À 1h, os policiais entraram no prédio pelos fundos e os invasores começaram a sair. À 1h07, todos já haviam deixado o local.
Segundo uma das líderes do movimento, Veronica Kroll, coordenadora da União Nacional por Moradia Popular, as invasões ocorreram em protesto à decisão da prefeitura de suspender o pagamento de bolsa-aluguel e de ameaçar desapropriar um cortiço no Belém.
Já o grupo da Rangel Pestana, da Unificação das Lutas de Cortiço, disse que a ação buscava pressionar a Caixa Econômica Federal a desapropriar a área e lá construir 96 moradias.
Os atos ocorreram um dia depois de 400 sem-teto invadirem o edifício São Vito, na região central. Eles foram expulsos pela PM após confronto. Pelo menos dez pessoas ficaram feridas. Ninguém foi preso.


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